Irã diz que alta do petróleo causada pelos EUA irá retardar crescimento
Por Alex Lawler
LONDRES (Reuters) - Um aumento nos preços do petróleo causado pela política de sanções dos Estados Unidos irá prejudicar o crescimento econômico da China, Europa e outros consumidores, muito semelhante às medidas comerciais do presidente norte-americano Donald Trump, disse uma autoridade de alto escalão do Irã nesta quinta-feira.
O governador iraniano da Opep também disse à Reuters que o aumento na produção de óleo pela Opep e seus aliados, depois de Trump ter pressionado a medida, foi de apenas 170 mil barris por dia (bpd) em junho e não avançaria muito em 2019, também pesando no crescimento econômico.
Enquanto Trump acusa a Organização de Países Exportadores de Petróleo de alçar os preços da commodity, o Irã, terceiro maior produtor da Opep, diz que os EUA causaram isso impondo sanções sobre o país e sobre o também integrante da Opep, a Venezuela.
"Os preços mais altos que Trump está causando estão direcionando uma conta mais alta de energia para a União Europeia, Japão, China e Índia, impactando os seus crescimentos econômicos assim como as tarifas impostas sobre eles, também impedindo a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos a pagarem sua conta de armas para os EUA", disse Hossein Kazempour Ardebili.
Os comentários ressaltam as tensões que ainda estão fervendo após a reunião da Opep no mês passado, quando o grupo concordou em retornar ao pleno cumprimento dos cortes anteriormente acordados na produção de petróleo, após meses de subprodução por países membros do cartel, incluindo a Venezuela.
A Arábia Saudita disse que o acordo permitiu que países capazes de produzir mais, como ele próprio, pudessem ir em frente e fazer isso, para compensar as deficiências em outros lugares. O Irã discordou fortemente e criticou os planos sauditas de aumentar a produção.
(Por Alex Lawler)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.