IPCA
0,46 Jul.2024
Topo

Brasil registra superávit comercial de US$ 4,227 bi em julho, abaixo do esperado

Mateus Maia

01/08/2018 15h08

O Brasil registrou superávit comercial de US$ 4,227 bilhões em julho, divulgou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta quarta-feira (1º), recuo de 32,7% sobre igual mês do ano passado, afetado pelo aumento significativo nas importações.

O resultado também veio abaixo do superávit de US

O resultado também veio abaixo do superávit de US$ 5,714 bilhões esperado por analistas em pesquisa da Reuters.

nbsp;5,714 bilhões esperado por analistas em pesquisa da Reuters.

Em julho, as importações subiram 42,7% sobre julho do ano passado, pela média diária, a US$ 18,643 bilhões.

As exportações também avançaram, mas em ritmo muito mais lento. A alta foi de 16,4% na mesma base de comparação, a US$ 22,870 bilhões.

Nos primeiros sete meses de 2018, o saldo positivo das trocas comerciais soma US$ 34,160 bilhões, recuo de 19,6% sobre igual intervalo do ano passado.

"Como esperávamos e prevíamos no começo do ano, o saldo de 2018 deve ser menor em relação ao resultado de 2017 por conta da atividade econômica e de uma demanda maior por importação", afirmou o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações do MDIC, Herlon Brandão.

No ano, o ministério ainda prevê que superávit da balança comercial brasileira ficará no patamar de US$ 50 bilhões, ante US$ 67 bilhões de 2017.

Destaques

Em julho, as importações foram puxadas por um avanço expressivo dos bens de capital, que cresceram 239,8% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O MDIC informou que o movimento ocorreu principalmente pela compra de duas plataformas de petróleo no valor de US$ 3,3 bilhões no mês.

As importações de bens intermediários também cresceram 22,3% em julho, ao passo que o avanço em bens de consumo foi de 20,1% e de combustíveis e lubrificantes, de 0,5%.

Já no caso das exportações, a expansão em julho foi impulsionada pela alta de 48,3% de produtos básicos, com destaque para as vendas de soja em grão (+53,4%, a US$ 4,1 bilhões) e de petróleo em bruto (+112,1%, a US$ 3,5 bilhões).

Por outro lado, houve queda nas vendas de produtos semimanufaturados (-11,8%) e manufaturados (-6,2%).

(Edição de Marcela Ayres)

Como é difícil encontrar um produto "Made In Brazil" no comércio local

UOL Notícias