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Kroton já concluiu 60% das captações de alunos para 2º semestre, diz presidente

15/08/2018 12h27

SÃO PAULO (Reuters) - As captações de novos alunos da Kroton Educacional para o segundo semestre estão evoluindo em linha com o ano passado, com 60 por cento do processo já concluído, apesar do cenário macroeconômico ainda desafiador, disseram nesta quarta-feira executivos da companhia.

"A curva de captações evolui bem", afirmou o presidente-executivo do maior grupo de ensino superior do país, Rodrigo Galindo, em teleconferência com analistas e investidores sobre o balanço trimestral.

O executivo também destacou que o plano de expansão orgânica da Kroton "caminha com sucesso" e a empresa espera já incluir as 30 unidades presenciais a serem abertas em 2019 nas captações do primeiro semestre do ano que vem. "Algumas talvez escorreguem para o segundo semestre", afirmou.

A Kroton prevê geração de caixa mais robusta no terceiro trimestre, em parte devido aos montantes relacionados ao Fies recebidos no início de agosto, incluindo a quitação dos 50 por cento das parcelas pelo governo devidas em 2015, segundo o diretor financeiro, Jamil Saud Marques.

Além disso, acrescentou Marques, a companhia já implementou mais de 30 por cento da iniciativas de cobrança planejadas, o que deve trazer um melhor equilíbrio aos indicadores de evasão, provisão de perdas com inadimplência e retenção de alunos.

O diretor financeiro ainda informou que a empresa tende a acelerar os investimentos na segunda metade do ano, após um desembolso de 277,6 milhões de reais, incluindo projetos especiais e greenfields.

Perguntado sobre o possível aumento na oferta de disciplinas digitais em ensino presencial, um tema atualmente em análise dentro do Ministério da Educação (MEC), Galindo disse que a Kroton está preparada para aproveitar as eventuais mudanças na regra.

Na véspera, o grupo de ensino reportou queda de 12,8 por cento no lucro líquido do segundo trimestre, para 562 milhões de reais, em um resultado que mostrou aumento de gastos operacionais e despesas com vendas e marketing, além de provisões maiores com inadimplência.

Por volta das 12:20, as ações caíam 5,89 por cento, enquanto o Ibovespa tinha queda de 1,91 por cento.

(Por Gabriela Mello)