Aversão a risco global dita queda do Ibovespa antes de balanços e desfecho eleitoral
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta terça-feira, após duas altas seguidas, contaminado pela aversão a risco no mercado global, enquanto agentes financeiros aguardam resultados corporativos locais e o desfecho da eleição presidencial no país e seus desdobramentos.
Às 10:54, o índice de referência do mercado acionário brasileiro caía 1,3 por cento, a 84.486,21 pontos. O volume financeiro somava 2,2 bilhão de reais.
Nos últimos dois pregões, o Ibovespa acumulou alta de pouco mais de 2 por cento.
No exterior, preocupações com a situação política da Arábia Saudita, as finanças da Itália e temores de guerra comercial minavam o apetite a risco. Wall Street abriu com seus principais índices acionários em baixa, com balanços também no radar.
Da cena local, a temporada de balanços começa na quarta-feira. A equipe do UBS espera resultados positivos, particular receita e desempenho operacional medido pelo Ebitda, guiados pelos setores de energia e ligados a matérias-primas.
Fibria, Localiza, Vale, Via Varejo e WEG abrem no próximo pregão a temporada de balanço entre os papéis do Ibovespa.
O panorama eleitoral segue endossando um viés doméstico positivo no curto prazo, uma vez que o mercado já tem como praticamente certa a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno contra Fernando Haddad (PT), no domingo.
No mês, até a véspera, o Ibovespa acumulava alta de quase 8 por cento.
O foco está voltado para notícias sobre o viés do novo governo, bem como potenciais escolhas para compor a equipe e eventuais coalizões partidárias.
Da agenda de pesquisas, está prevista para esta terça-feira a divulgação de levantamento Ibope/Estadão/TV Globo após o fechamento do pregão.
DESTAQUES
- SANTANDER BRASIL UNIT caía 1,51 por cento, liderando as perdas dos bancos no Ibovespa, após fortes ganhos na segunda-feira. ITAÚ UNIBANCO PN perdia 1,2 por cento e BRADESCO PN recuava 0,87 por cento, enquanto BANCO DO BRASIL cedia 1,23 por cento.
- PETROBRAS PN recuava 2 por cento, com o declínio de mais de 2 por cento nos preços do petróleo no exterior pressionando as ações da petrolífera de controle estatal e abrindo espaço para realização de lucros, após a alta acumulada no mês superior a 25 por cento até a véspera. O Morgan Stanley elevou a recomendação dos ADRs da companhia para 'overweight', bem como o preço-alvo desses papéis.
- USIMINAS PNA perdia 2,2 por cento, após disparar quase 8 por cento na véspera, com o setor de siderurgia e mineração como um todo passando por uma correção negativa. VALE, que divulga resultado na quarta-feira, caía 3 por cento.
- SUZANO subia 1,5 por cento, entre as poucas altas da sessão, apóiada no avanço do dólar ante o real, que ajudava outras empresas do setor de papel e celulose, como FIBRIA, que divulga balanço no próximo pregão, além de companhias que se beneficiam do impacto de um dólar mais alto em suas receitas.
(Por Paula Arend Laier)
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