OIT alerta para queda na qualidade dos postos de trabalho
GENEBRA, 13 Fev (Reuters) - O progresso global no combate ao desemprego e à desproporção de empregos por gênero está estacionando, e a qualidade dos postos de trabalho está piorando, alertou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em um relatório anual nesta quarta-feira.
O desemprego global recuou em 2 milhões de vagas e ficou em 172 milhões em 2018, retornando finalmente à taxa global de 5 por cento vista pela última vez antes da crise financeira internacional de uma década atrás.
A taxa deve evoluir para 4,9 por cento neste ano e continuar neste nível até 2022, já que países de renda alta estão testemunhando novos recuos no desemprego - mas a boa notícia mascara algumas tendências preocupantes, disse a OIT.
"Um panorama econômico em deterioração já está afetando algumas economias emergentes, e isso está elevando as taxas de desemprego", disse a vice-diretora-geral da OIT, Deborah Greenfield, em uma coletiva de imprensa.
O diretor de pesquisa da entidade, Damian Grimshaw, disse que 2 bilhões de pessoas, ou 61 por cento da força de trabalho global, têm empregos informais, normalmente postos vulneráveis com salários baixos e nenhuma proteção social. Na maioria dos países, mais da metade da força de trabalho rural ocupa tais vagas, segundo o relatório.
Governos de todo o mundo assinaram os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), que incluem a meta de alcançar o que chama de trabalho "decente" para todos até 2030 - o que não parece realista para muitas nações, disse o documento.
As cifras do trabalho informal mostram que ele inclui mais homens em países de renda mais alta e mais mulheres em países mais pobres.
No geral as mulheres têm menos probabilidade de estar no mercado de trabalho global - 48 por cento de participação na força de trabalho perante os 75 por cento de homens.
"A eliminação da disparidade de gênero estacionou, e isso certamente é motivo de preocupação", afirmou Deborah.
"As mulheres também enfrentam um risco maior de desemprego em muitas regiões e ganham significativamente menos que os homens quando estão empregadas."
Mesmo economias avançadas, como as das nações nórdicas, estão tendo dificuldade para eliminar a disparidade de gênero, disse.
O relatório ainda revelou que a proporção da população global no mercado de trabalho está encolhendo, porque as pessoas estão vivendo mais e mais estão aposentadas e os jovens estão dedicando mais tempo aos estudos.
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