BCE coloca meta de inflação em foco e abre portas para mais afrouxamento
Por Balazs Koranyi e Francesco Canepa
FRANKFURT (Reuters) - O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, afirmou nesta quinta-feira que a meta de inflação mais importante do banco não deve ser vista como tendo um limite de 2%, em um movimento significativo acompanhado de novas sugestões explícitas de afrouxamento.
Com a inflação bem abaixo da sua meta, a produção industrial alemã em queda e o Federal Reserve já em modo de afrouxamento, era apenas uma questão de tempo para que o BCE puxasse o gatilho. A maior incerteza era a sequência do afrouxamento.
O BCE, que manteve os juros inalterados por enquanto, afirmou que vê as taxas nos níveis atuais ou mais baixos durante o primeiro semestre de 2020, desistindo da promessa anterior de manter os juros inalterados até meados de 2020. O banco também pediu à sua equipe que avalie várias outras opções de afrouxamento da política monetária, incluindo a retomada das compras de ativos.
"Essa projeção está cada vez pior", disse Draghi em coletiva de imprensa, acrescentando que uma recuperação esperada na segunda metade do ano é "menos provável".
Em seu comunicado, o banco também omitiu sua referência padrão de objetivo de inflação "abaixo mas próximo de 2%" no médio prazo.
"O resultado final é que basicamente não gostamos do que vemos do front da inflação e a simetria significa que não há limite de 2%. A inflação pode variar para os dois lados", disse.
As promessas cada vez mais abertas de mais estímulo buscam aumentar a confiança em um bloco que tem enfrentado dificuldades com a recessão da indústria e que pode prejudicar anos de estímulo.
Enquanto a confiança dos consumidores, o emprego e os empréstimos bancários permanecem saudáveis, uma série de indicadores recentes de confiança industrial esboça um quadro sombrio, aumentando o risco de que a fraca demanda externa, em parte resultado de uma guerra comercial global, possa em breve prejudicar a economia doméstica.
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