Órgão do MPF defende revogação imediata de portaria de Moro sobre deportação sumária
BRASÍLIA (Reuters) - A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão do Ministério Público Federal (MPF), recomendou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública que suspenda imediatamente os efeitos da portaria editada em 25 de julho que prevê a deportação sumária de “pessoa perigosa ou que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal”.
Alvo de críticas, a norma da pasta comanda pelo ministro Sergio Moro chegou a ser vista por oposicionistas como uma forma de retaliar o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil e que tem feito reportagens sobre a suposta troca de mensagens de Moro com procuradores na época que foi juiz da operação Lava Jato.
Posteriormente, o presidente Jair Bolsonaro negou que a medida poderia resultar na extradição do jornalista, mas disse que ele poderia "pegar uma cana" no Brasil.
Segundo a PFDC, a portaria extrapola sua competência regulamentadora, além de violar o arcabouço jurídico nacional e internacional sobre o tema. O documento diz que a Constituição assegura a migrantes que estejam no país, sem distinção de qualquer natureza, todos os direitos previstos na Constituição.
O órgão do MPF esclarece também que a todo migrante é garantido no território nacional, em condição de igualdade com os nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, bem como o direito à liberdade de circulação.
(Reportagem de Ricardo Brito; Edição de Eduardo Simões)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.