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Petrobras vê excedente de gás no futuro e estuda eventual exportação de GNL

20/09/2019 11h27

Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras avalia que haverá um excedente de gás a ser comercializado no futuro e estuda meios e oportunidades de se tornar uma exportadora de gás natural liquefeito (GNL), afirmou nesta sexta-feira o diretor-executivo de Relacionamento Institucional da petroleira, Roberto Ardenghy.

Anteriormente, a empresa já havia sinalizado perspectiva de forte crescimento da produção do gás no Brasil nos próximos anos, em particular entre 2023 e 2025, com a entrada de novos projetos no pré-sal da Bacia de Santos.

"Haverá excedente de gás natural a ser comercializado", disse Ardenghy, ao realizar apresentação em evento do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), no Rio de Janeiro.

Questionado após a apresentação, o executivo explicou a jornalistas que "a Petrobras tem que ver os dois lados, tanto oportunidades no mercado interno quanto no mercado externo."

Para o diretor, a alternativa de exportação de GNL --algo que a empresa nunca fez antes-- tem que estar no plano estratégico e a estatal está avaliando como isso poderia acontecer, inclusive estudando a experiência de concorrentes, como a gigante anglo-holandesa Shell.

A Petrobras conta atualmente com três terminais de GNL que permitem apenas a importação do insumo.

As afirmações ocorrem em meio a um cenário de altas expectativas no Brasil para o desenvolvimento do setor de gás natural, diante de um crescimento expressivo da produção previsto, proveniente dos campos do pré-sal das bacias de Santos e Campos.

O governo brasileiro ainda lançou neste ano um ambicioso programa, o Novo Mercado de Gás, que busca abrir o segmento a investidores privados por meio de medidas que incluem a venda pela Petrobras de todos os seus ativos de distribuição e transporte do insumo.

Há uma expectativa de investimentos bilionários na expansão da malha de dutos no Brasil, inclusive para a realização do escoamento do gás do pré-sal para o continente.

(Por Marta Nogueira)