Sindicatos mantêm greve na Petrobras, que entra no 5° dia apesar de decisão do TST
Sindicatos de trabalhadores da Petrobras decidiram hoje manter por tempo indeterminado a greve iniciada no sábado, mesmo após decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) que exigiu que 90% dos funcionários mantenham-se em atividade.
O ministro Ives Gandra Martins Filho, do TST, determinou em despacho ontem que os petroleiros também não poderão impedir o livre trânsito de pessoas e bens nas unidades da estatal e suas subsidiárias, ao afirmar que "o direito de greve encontra limites".
A Petrobras tinha afirmado na véspera que o movimento dos trabalhadores não impactava a produção até o momento e que as operações seguiam dentro dos critérios de segurança.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que comanda a paralisação, afirmou que ela continua em 12 estados.
"Petroleiros mantêm greve em todo o país. Categoria entrou no 5° dia nacional de luta contra as demissões e desmonte da Petrobras", escreveu a FUP em sua conta no Twitter.
Na véspera, a FUP afirmou que seu departamento jurídico ainda avaliava a decisão do TST.
Os sindicatos afirmam que a greve é contra demissões em uma fábrica deficitária de fertilizantes da Petrobras no Paraná e por questões relacionadas ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos petroleiros.
A Petrobras, por sua vez, tem afirmado que considera "descabidas as justificativas apresentadas pelos sindicatos, uma vez que todos os compromissos firmados na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho vigente vêm sendo integralmente cumpridos".
A estatal aprovou no início do mês passado a hibernação da fábrica de fertilizantes de sua subsidiária Araucária Nitrogenados (ANSA) no Paraná, o que, segundo a companhia, resultaria na demissão de 396 empregados da unidade.
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