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Diesel, gasolina e etanol recuam no posto na semana, diz ANP; caem mais de 10% no ano

17/04/2020 20h24

SÃO PAULO (Reuters) - Os preços dos combustíveis nos postos do Brasil voltaram a recuar nesta semana, após novo corte pela Petrobras dos valores nas refinarias e em meio à continuidade do movimento de baixa nas cotações do petróleo no mercado internacional.

Com isso, tanto o diesel quanto a gasolina e o etanol acumulam agora redução de mais de 10% nas bombas ao longo de 2020, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta sexta-feira.

O movimento dos valores para o consumidor final, no entanto, é bem mais tímido do que os reajustes já aplicados pela Petrobras, responsável por quase 100% da capacidade de refino do país.

A estatal já cortou em 50% o valor médio da gasolina nas refinarias, enquanto o diesel baixou 35% até o momento no ano.

Na gasolina, o preço médio nos postos caiu nesta semana para 4,095 reais por litro, um recuo semanal de 1,30%, segundo os dados da ANP. No ano, o recuo é de 10,16%.

Já o diesel, combustível mais utilizado do país, foi vendido nas bombas por média de 3,318 reais por litro, queda de 0,6% na comparação semanal, enquanto a retração acumulada em 2020 é de 12,2%.

O etanol hidratado, concorrente da gasolina nas bombas, foi vendido em média a 2,796 reais nesta semana, ou 2,37% a menos que na semana anterior, com queda de 11,9% frente à cotação no início de janeiro, segundo os dados da ANP.

A Petrobras informou nesta semana redução de 8% da gasolina nas refinarias a partir de quarta-feira, enquanto o diesel teve corte de 6%.

O repasse de ajustes dos combustíveis nas refinarias para o consumidor nos postos, no entanto, não é imediato e depende de diversos fatores, como consumo de estoques, impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.

Já os preços do petróleo Brent, referência internacional, que influenciam os reajustes da Petrobras, fecharam a semana com perda de cerca de 11%, enquanto o petróleo WTI recuou quase 20%.

(Por Luciano Costa)