Índices fecham em queda com tensões EUA-China elevando receio sobre acordo comercial
Por Noel Randewich
(Reuters) - Wall Street encerrou em baixa nesta quinta-feira, um dia após atingir máximas em dois meses, em meio a nova onda de tensões entre Estados Unidos e China que têm levantado dúvidas sobre o acordo comercial acertado no início deste ano entre as duas maiores economias do mundo.
O presidente Donald Trump disse que os EUA irão reagir fortemente caso a China imponha leis de segurança nacional para Hong Kong, em resposta aos violentos protestos pró-democracia do ano passado.
Mais cedo, o secretário de Estado, Mike Pompeo, criticou o tratamento dado por Pequim ao surto do coronavírus, enquanto uma autoridade chinesa disse que o país não hesitaria no caso de qualquer escalada nas tensões.
"Parece que a China será usada como saco de pancadas para as próximas eleições", disse Bob Shea, presidente executivo e um dos presidentes de investimentos da TrimTabs Asset Management em Nova York.
O S&P 500 acumula alta de mais de 30% desde as mínimas de março, mas permanece em queda de 13% ante o recorde de 19 de fevereiro. Quase metade das ações do S&P 500 ainda tem queda de 20% ou mais desde 19 de fevereiro, ressaltando a desigualdade da recuperação.
O Nasdaq está cerca de 5% abaixo do pico histórico alcançado em fevereiro, turbinado nas últimas semanas pelos ganhos de Microsoft, Amazon.com e de outras empresas de tecnologia com forte peso no índice. Para muitos investidores essas companhias vão despontar da crise mais fortes que as rivais menores.
Amazon terminou em baixa de 2,05% nesta quinta-feira, depois de bater uma máxima recorde intradiária mais cedo na sessão.
O Dow Jones recuou 0,41%, para 24.474,12 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,78%, para 2.948,51 pontos. O Nasdaq teve queda de 0,97%, para 9.284,88 pontos.
(Reportagem adicional de Stephen Culp em Nova York, Pawel Goraj em Gdansk, e Ambar Warrick e Medha Singh em Bengaluru)
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