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Maia afirma que país precisa ter democracia plena para recuperar investimentos

21.mai.2020 - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em entrevista coletiva sobre a crise do coronavírus - Najara Araújo/Câmara dos Deputados
21.mai.2020 - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em entrevista coletiva sobre a crise do coronavírus Imagem: Najara Araújo/Câmara dos Deputados

Maria Carolina Marcello

Brasília

27/05/2020 15h57

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou hoje que o país só será atrativo a investimentos se demonstrar ter uma democracia plena.

Em entrevista coletiva, Maia disse que um país que quiser recuperar sua capacidade de investimentos precisa de instituições democráticas em pleno funcionamento.

Para o deputado, a operação da Polícia Federal desta quarta-feira que teve como alvo militantes e aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seguiu linha de inquérito aberto ainda em 2019 para apurar as chamadas fake news.

Maia aproveitou para comentar que decisões judiciais podem ser criticadas, mas devem ser cumpridas. Também defendeu que a legislação seja atualizada para prever, inclusive, uma forma de responsabilização das plataformas por onde as notícias falsas são disseminadas.

Na véspera, o presidente da Câmara tinha feito pronunciamento em que defendeu a pacificação dos espíritos e a harmonia entre Poderes.

Sobre a decisão de veículos de circulação nacional de imprensa de retirar os jornalistas da cobertura in loco do Palácio da Alvorada, diante da falta de segurança dos profissionais por conta do comportamento agressivo por parte de apoiadores de Bolsonaro, Maia afirmou que episódios como esse configuram um "ataque" à liberdade de imprensa.

O parlamentar avaliou ainda que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, adotou um tom "acima do necessário" em nota divulgada na sexta-feira sugerindo que eventual apreensão de celular do presidente da República resultaria em consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional.

O deputado negou, ainda, ver qualquer tentativa de interferência nas visitas de Bolsonaro ao procurador-geral da República, Augusto Aras, ou ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli.