Mnuchin diz que a dissociação EUA-China ocorrerá caso empresas não possam competir de forma justa
WASHINGTON (Reuters) - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse nesta terça-feira que uma dissociação das economias dos EUA e da China começará a ocorrer caso empresas norte-americanas não puderem competir em base justa e equilibrada na economia chinesa.
Falando em evento virtual promovido por Bloomberg e Invesco, Mnuchin também afirmou ter "todas as expectativas" de que a China cumpra os termos da Fase 1 do acordo comercial, que determina aumento massivo nas compras pelos chineses de bens, energia e serviços dos EUA.
"Se pudermos competir com a China de forma justa e em condições de igualdade, é uma grande oportunidade para empresas e trabalhadores dos EUA, já que a China tem uma classe média grande e crescente", disse. "Mas se não pudermos participar e competir de maneira justa, você verá um dissociação daqui para frente".
Falando sobre a epidemia de coronavírus nos Estados Unidos, Mnuchin disse esperar que o próximo pacote de ajuda seja aprovado pelas duas câmaras do Congresso em julho, e que, embora as negociações tenham começado, não há necessidade de se apressar, porque ainda existem centenas de bilhões de dólares não distribuídos do último pacote, aprovado em março.
O próximo projeto contra os efeitos econômicos do coronavírus seria mais direcionado para empresas que mais precisam de ajuda e para levar muitas pessoas de volta ao mercado de trabalho o mais rápido possível.
Embora projetos de infraestrutura façam parte dessas discussões, Mnuchin disse que a próxima investida provavelmente se concentrará em outras prioridades.
(Por David Lawder)
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