Economistas voltam a piorar estimativa para déficit primário do governo central em 2020
Economistas consultados pelo Ministério da Economia voltaram a piorar a expectativa para o rombo primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) neste ano, projetado agora déficit de 765,868 bilhões de reais, conforme Prisma Fiscal divulgado nesta quinta-feira.
Os dados foram coletados até o quinto dia útil deste mês. No relatório anterior, de junho, o déficit fora estimado em R$ 708,9 bilhões, pela mediana das expectativas.
A deterioração vem na esteira do forte impacto da crise com o coronavírus sobre a atividade econômica e, por conseguinte, sobre a arrecadação, além dos vultosos gastos extraordinários para amenizar os impactos do surto, como os ligados ao auxílio emergencial.
A expectativa oficial do Ministério da Economia é de déficit primário maior para o governo central, de R$ 795,6 bilhões neste ano, ou 11,5% do PIB (Produto Interno Bruto). O número, entretanto, levou em conta retração de 6,5% para o PIB que constava no relatório Focus à época e será revisado após o ministério reiterar na véspera que espera tombo de 4,7% para a economia neste ano.
A meta para o governo central em 2020 é de déficit de R$ 124,1 bilhões, mas o governo não precisará cumpri-la em função do estado de calamidade pública pelo surto de covid-19.
Para 2021, economistas também pioraram suas estimativas a um rombo de R$ 214,042 bilhões, sobre R$ 200 bilhões antes.
O governo fixou meta de déficit primário de R$ 149,61 bilhões para o ano que vem, mas pediu flexibilidade no projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para que ela seja mudada sempre que as receitas para o próximo ano forem recalculadas, já admitindo que o oitavo déficit anual consecutivo do país deve ser muito pior.
Com a deterioração das contas públicas, a expectativa agora é que a dívida bruta sobre o PIB suba a 93,90% do PIB neste ano, sobre percentual de 92,68% visto antes, mostrou o Prisma. Para 2021, a expectativa piorou a 94,40% do PIB, contra 92,79% do PIB no relatório anterior.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.