Manaus consegue oxigênio para manter recém-nascidos por mais 48 horas
Por Eduardo Simões e Lisandra Paraguassu
SÃO PAULO/BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira que conseguiu cilindros de oxigênio para manter 61 bebês prematuros por mais 48 horas em leitos de terapia intensiva em Manaus, evitando por ora a necessidade de transferência para outros Estados.
O governo do Amazonas havia pedido mais cedo aos demais Estados que recebessem os recém-nascidos que estão internados em maternidades públicas do Estado por causa do desabastecimento de oxigênio nos hospitais do Amazonas.
"A pasta vai continuar monitorando a situação desses bebês e segue unindo esforços para conseguir mais balas de oxigênio para que os prematuros não precisem ser transferidos para outros Estados", disse o Ministério da Saúde em nota, acrescentando que, se a transferência por necessária, já foram articulados inicialmente 56 leitos de UTI para os recém-nascidos em cidades como Curitiba, Vitória, Salvador e Macapá.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Amazonas, o pedido para a transferência de bebês fez parte da solicitação feita na véspera para que demais Estados recebam pacientes do Amazonas, que ficou sem abastecimento de oxigênio em meio à alta de casos de Covid-19 no Estado.
Após a divulgação da notícia de que o Amazonas estava pedindo ajuda para a transferência dos bebês, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), colocou o Estado à disposição para receber os recém-nascidos.
"Nós acolheremos todos os bebês que puderem ser transportados aqui para São Paulo", disse Doria, que atribuiu a situação a "uma irresponsabilidade do governo Jair Bolsonaro".
Pouco depois, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que conversou com seu homólogo amazonense, Marcellus Campêlo, e que a secretaria amazonense estava fazendo um levantamento sobre as necessidades de transferência, após outros Estados também oferecerem ajuda.
"Não são apenas bebês, mas são também mulheres grávidas. São essas gestantes que também foram comprometidas pela Covid e que também necessitam de assistência", disse Gorinchteyn.
"Nós queremos saber quantas ainda precisam da nossa atenção e assistência e prontamente estaremos acolhendo aqui em São Paulo."
(Reportagem adicional de Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
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