Credit Suisse sofre nova cobrança antitruste da UE envolvendo investigação sobre câmbio
Por Michael Shields e Foo Yun Chee
ZURIQUE (Reuters) - O Credit Suisse disse nesta segunda-feira que sofreu nova cobrança antitruste da União Europeia, três anos depois que autoridades do bloco acusaram o banco suíço de fraude nas taxas de câmbio em um caso de quase uma década.
O setor financeiro está na mira antitruste da UE há cerca de 10 anos por manipular taxas de referência de juros, títulos do governo e de câmbio, resultando em bilhões de euros em multas impostas a vários bancos.
A Comissão Europeia havia enviado em julho de 2018 uma nota de cobrança conhecida como 'comunicação de objeções' ao Credit Suisse, o segundo maior banco da Suíça. Cinco anos antes, o braço executivo da UE havia indicado investigação nesta área.
A comunicação de objeções normalmente estabelece atividades anticoncorrenciais descobertas por reguladores que podem levar a multas de até 10% do faturamento global de uma empresa.
O Credit Suisse confirmou na segunda-feira o recebimento de uma comunicação de objeções adicional.
"O Credit Suisse continua a acreditar que não se envolveu em nenhuma conduta sistêmica nos mercados de câmbio que violou as regras de concorrência da União Europeia e está contestando o caso", disse o banco em um comunicado.
A Comissão, que enviou o documento na semana passada, disse que continua investigando a conduta anterior no mercado de câmbio à vista.
Em maio de 2019, a divisão de concorrência da UE aplicou uma multa total de 1,07 bilhão de euros a Barclays, Royal Bank of Scotland (RBS), Citigroup, JPMorgan e MUFG Bank por fraudes em negociações com moedas.
(Reportagem de Foo Yun Chee em Bruxelas e Michael Shields em Zurique)
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