Lucro da Isa Cteep cai 64,4% no 4º tri para R$ 133,4 mi
Por Leticia Fucuchima
São PAULO (Reuters) -
A transmissora ISA Cteep, controlada pelo grupo colombiano Isa, reportou nesta terça-feira um lucro líquido atribuído aos controladores de 133,4 milhões de reais no quarto trimestre de 2021, cifra 64,4% menor que a registrada em igual período do ano anterior.
No mesmo intervalo, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recuou 27,1%, para 462,8 milhões de reais.
Os resultados da transmissora foram mais uma vez impactados pela reprogramação da remuneração do componente financeiro de ativos da Rede Básica Sistema Existente (RBSE). A medida foi tomada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em abril do ano passado, com efeito sobre o resultado de transmissoras no curto prazo.
Apesar dos efeitos imediatos, a diretora financeira da Cteep, Carisa Cristal, afirmou à Reuters que o reperfilamento do RBSE foi um avanço importante, porque encerrou uma longa discussão regulatória e garantiu uma caixa de 1,8 bilhão de reais à companhia. Os fluxos de pagamentos previstos retornam ao patamar “normal” a partir do ciclo 2023/2024, disse.
Também pesaram sobre os resultados o aumento do resultado financeiro.
A transmissora fechou 2021 com lucro líquido acumulado de 877,6 milhões de reais, queda de 56,2% na base anual. Já o Ebitda do ano somou 2,35 bilhões de reais, recuo de 31%.
A receita líquida, por sua vez, atingiu 664,7 milhões de reais no quarto trimestre, queda de 20,8%, e totalizou 3,0 bilhões de reais em 2021, 21,1% abaixo do ano anterior.
INVESTIMENTOS
A ISA Cteep alcançou um novo patamar de investimentos em 2021, com destaque para projetos de reforços e melhorias em ativos exitentes, que deverão continuar como uma das prioridades do grupo para 2022, disse à Reuters o diretor-presidente da companhia, Rui Chammas.
Os investimentos da Cteep totalizaram 3,3 bilhões de reais no ano passado, impulsionados também pela aquisição da transmissora PBTE, no valor de 1,4 bilhão de reais.
Neste ano, a companhia deve energizar 6 dos 9 empreendimentos que tem em construção no momento, e continua mirando oportunidades de aumentar seu portfólio de ativos, como leilões e negócios no mercado secundário, disse Chammas.
Uma das prioridades, segundo ele, é a vertente de inovação. O grupo vem apostando no uso de drones para otimizar suas operações, reformulação de subestações para o conceito digital e também tem projetos de armazenamento de energia em baterias.
Outro destaque é a linha de transmissão subaquática que ligará o continente à ilha de Florianópolis (SC), um projeto que deverá ser energizado neste ano.
Para Chammas, a experiência e o conhecimento gerados pelo empreendimento podem ser aplicados em eventuais projetos para transmissão de energia em eólicas no mar (offshore).
"O grupo (Isa) também um projeto de fazer linhas subaquáticas ligando a América do Sul e a América Central (...) vamos trabalhar nesse tipo de solução quando a offshore se materializar".
(Por Letícia Fucuchima)
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