Amazon é acusada de violar lei trabalhista dos EUA, em meio à tentativa de sindicalização
Por Julia Love e Daniel Wiessner
SÃO FRANCISCO/NOVA YORK (Reuters) - Um grupo de trabalhadores da Amazon.com apresentou uma acusação aos reguladores trabalhistas dos Estados Unidos nesta quinta-feira, depois que uma liderança local e dois funcionários foram presos do lado de fora de um depósito da empresa, de acordo com documentos obtidos pela Reuters.
O grupo busca formar um sindicato em uma instalação da empresa Nova York.
Christian Smalls disse à Reuters na quarta-feira que foi preso quando entregava comida aos trabalhadores do depósito como parte da campanha sindical que está liderando.
Smalls, um ex-funcionário do depósito, busca tornar o JFK8 Staten Island da Amazon em uma instalação sindicalizada. Os trabalhadores vão votar a proposta a partir de 25 de março.
A acusação de prática trabalhista injusta apresentada nesta quinta-feira por um grupo de trabalhadores alega que a empresa violou um acordo fechado em dezembro com o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB, na sigla em inglês).
Como parte do acordo, a Amazon se comprometeu a não limitar a capacidade dos trabalhadores de engajamento junto a seus colegas em áreas fora do ambiente de trabalho durante o período de folga.
Na acusação, o grupo acua a Amazon de prender os funcionários Brett Daniels e Jason Anthony na quarta-feira em retaliação pelo envolvimento deles na organização.
Smalls trabalhou anteriormente no depósito e foi demitido em 2020 por supostamente violar as políticas de segurança da empresa.
A porta-voz da Amazon Kelly Nantel disse que o acordo regula os direitos dos funcionários de engajarem na propriedade (da empresa), e que a companhia não fez nada para impedir o engajamento dos trabalhadores.
A Amazon chamou a polícia para Smalls, e não para os outros dois trabalhadores, disse Nantel.
"Smalls - que não é funcionário da Amazon - invadiu repetidamente, apesar de vários avisos. Ontem, quando os policiais pediram que Smalls saísse, ele optou por agravar a situação e a polícia tomou sua própria decisão sobre como responder", disse Nantel.
(((Reportagem de Julia Love,em São Francisco; Daniel Wiessner, em Nova York))
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