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Santander está a caminho de atingir metas de 2022 com ajuda das Américas

O Santander, ajudado por menores provisões para perdas com empréstimos, teve lucro líquido de 2,28 bilhões de outubro a dezembro - Matthew Horwood / Getty Images
O Santander, ajudado por menores provisões para perdas com empréstimos, teve lucro líquido de 2,28 bilhões de outubro a dezembro Imagem: Matthew Horwood / Getty Images

Jesús Aguado

01/04/2022 16h54Atualizada em 01/04/2022 21h35

O banco espanhol Santander disse nesta sexta-feira que está no caminho certo para atingir sua meta de lucratividade de 2022 e manteve suas metas de médio prazo graças ao sólido desempenho nas Américas e à recuperação na Europa.

O banco reiterou a meta de mais de 13% de retorno subjacente sobre o patrimônio tangível, ante 12,73% em 2021, apesar do aumento dos preços de energia sentido predominantemente na Europa devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.

O Santander também manteve sua meta de ter índice de capital nível 1 de 12% em 2022, a de distribuir dividendos em 40% e seu índice de eficiência em 45%, versus 46,2% no final de dezembro.

Seu lucro subjacente na América do Norte mais que dobrou para um recorde de 3,05 bilhões de euros, impulsionado por um aumento de mais de três vezes nos Estados Unidos, enquanto na América do Sul aumentou 24%, para 3,33 bilhões de euros.

As duas regiões representaram cerca de 60% do lucro subjacente do grupo em 2021, enquanto a Europa representou 28%.

"No primeiro trimestre de 2022, a atividade comercial manteve-se forte, com receitas em linha com o último trimestre e novos empréstimos retornando aos níveis pré-pandemia, aumentando cerca de 8% ano a ano", disse a presidente do Santander, Ana Botin, em comunicado antes de assembleia de acionistas do banco.

O Santander, ajudado por menores provisões para perdas com empréstimos, teve lucro líquido de 2,28 bilhões de outubro a dezembro, alta de 4,6% em relação ao terceiro trimestre. A empresa reportou lucro líquido de 8,12 bilhões de euros em 2021, depois de perder 8,77 bilhões de euros em 2020.

O Santander não tem presença na Rússia ou na Ucrânia, limitando sua exposição direta a 80 milhões de euros, embora o conflito possa ter um impacto indireto, especialmente através dos altos preços de energia para alguns de seus clientes.

No médio prazo, o Santander pretende alcançar um retorno subjacente sobre o patrimônio tangível de cerca de 15% e manter um índice de capital de 12%.