Tribunal ordena que Musk preste novo depoimento em investigação sobre compra do Twitter

SAN FRANCISCO (Reuters) - Um tribunal federal ordenou nesta terça-feira que Elon Musk preste depoimento novamente para a investigação da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) sobre sua aquisição de 44 bilhões de dólares do Twitter. 

A SEC entrou com uma ação judicial contra Musk em outubro para obrigar o CEO da fabricante de carros elétricos Tesla e da empresa de foguetes SpaceX a prestar depoimento, após ele se recusar a comparecer a uma entrevista em setembro para o inquérito. O bilionário disse que a SEC estava tentando “assediá-lo” usando várias intimações. 

A investigação tenta determinar se Musk quebrou leis federais de valores mobiliários em 2022 quando comprou ações do Twitter, posteriormente rebatizado de X. Além disso, a investigação está analisando declarações e registros na SEC que ele fez em relação ao acordo, havia dito a agência anteriormente.

A juíza Laurel Beeler decidiu em fevereiro a favor da agência para obrigar o depoimento, mas Musk pediu uma revisão da decisão. 

“Como a juíza Beeler explicou, as investigações que Musk alega constituírem assédio são ‘investigações legítimas do governo’”, afirmou a juíza federal Jacqueline Scott Corley nesta terça-feira. 

“Musk não cumpriu o ônus de demonstrar que a intimação não é razoável.” 

Em 2022, Musk entregou documentos para o inquérito da SEC e prestou depoimento por videoconferência em duas sessões de meio dia em julho daquele ano, afirmou a SEC em documentos judiciais. Advogados da agência disseram que têm mais perguntas para Musk após receberem os documentos. Por isso, solicitaram mais depoimentos. 

Musk não estava disponível para comentar em um primeiro momento. 

(Reportagem de Hyunjoo Jin e Mike Scarcella)

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