BNDES aprova financiamento para modernização da Unipar em SP

Por Luciana Magalhaes

SÃO PAULO (Reuters) - A petroquímica Unipar obteve aprovação de financiamento para o projeto de modernização tecnológica e unificação de métodos de produção de instalação industrial em Cubatão (SP).

Ao todo, a Unipar receberá até 672,9 milhões de reais através de duas linhas de financiamento, uma com recursos do Fundo Clima e a outra através do Finem Meio Ambiente, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Por meio do Fundo Clima, a Unipar receberá financiamento de até 400 milhões de reais. Já via Finem, o crédito poderá atingir 272,9 milhões de reais.

Segundo o diretor financeiro da companhia, Alexandre Jerussalmy, quando as obras estiverem finalizadas, o que é previsto para o final de 2025, a operação da Unipar em Cubatão reduzirá seu consumo de energia em 18%, assim como baixará a emissão de CO2 em mais de 70 mil toneladas ao ano.

"Com uma tecnologia moderna, você também tem uma confiabilidade operacional maior, com menos paradas não programadas, conseguindo assim usar melhor os recursos, como a matéria-prima", disse Jerussalmy à Reuters.

Segundo a Unipar, o projeto substituirá as tecnologias de mercúrio e diafragma por uso exclusivo de membrana na produção de cloro e soda cáustica. O BNDES afirmou que o projeto da Unipar atende à Convenção de Minamata, acordo internacional do qual o Brasil é signatário, que limita o uso de mercúrio por problemas que o metal causa ao meio ambiente e à saúde.

O prazo da linha do Programa Fundo Clima é de 16 anos e a taxa de juros é de 7,53% ao ano. Já o Finem tem prazo de 20 anos e juros de TLP+1,1% a ao ano, informou a Unipar. Em ambos os casos a carência será até junho de 2026, seis meses após a conclusão estimada do projeto, segundo o BNDES.

Segundo a Unipar, com o desembolso integral dos novos recursos, a estimativa é que o custo médio indicativo de financiamento da companhia seja reduzido de CDI+1,51% ao ano para CDI+0,65%. O prazo médio da dívida aumentará de 4,4 para cerca de 6,5 anos quando as linhas forem desembolsadas. O próximo vencimento de principal relevante da companhia ocorrerá em 2027.

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