Dados de política monetária dependem de ambiente muito incerto, diz autoridade do Fed
Por Michael S. Derby
HARTFORD, Connecticut (Reuters) - O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, disse nesta quarta-feira que as futuras ações de política monetária serão orientadas pelos dados econômicos, já que o banco central norte-americano enfrenta um alto nível de incerteza, em grande parte devido a possíveis mudanças nas políticas governamentais.
A autoridade também destacou a alta dos rendimentos dos títulos e disse que não considerava isso um sinal de uma mudança fundamental na visão de investidores sobre as perspectivas de inflação.
"A política monetária está bem posicionada para manter equilibrados os riscos para nossas metas" e "o caminho para a política monetária dependerá dos dados", disse Williams em um discurso proferido na CBIA Economic Summit and Outlook 2025.
Williams, que também atua como vice-presidente do Comitê Federal de Mercado Aberto, que define a taxa básica de juros, apontou o governo como uma fonte importante do que o limita ao fornecer orientações sobre as perspectivas da política monetária.
"As perspectivas econômicas permanecem altamente incertas, especialmente em relação a possíveis políticas fiscais, comerciais, de imigração e regulatórias", disse Williams. "Portanto, nossas decisões sobre futuras ações de política monetária continuarão a se basear na totalidade dos dados, na evolução das perspectivas econômicas e nos riscos para atingir nossas metas de mandato duplo."
O retorno de Donald Trump à Presidência lançou uma nuvem sobre as perspectivas, já que o presidente eleito fez campanha com base em políticas comerciais e de imigração que, segundo economistas, em geral, aumentará a inflação e complicará o trabalho do Fed de reduzir a inflação para 2%.
Williams disse que a economia está em boa forma e tem retornado ao equilíbrio após os distúrbios dos anos de pandemia. Ele disse que é provável que o processo de desinflação continue, mas acrescentou que pode demorar um pouco, destacando que vê um retorno à meta de 2% "nos próximos anos".
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