Investimentos estrangeiros chegarão a US$ 65 bi em 2011, diz Mantega
RIO DE JANEIRO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o fluxo de investimentos estrangeiros diretos no Brasil deve atingir US$ 65 bilhões este ano. Em apresentação em seminário promovido pelo ministério e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Mantega ressaltou que as políticas restritivas tomadas pelo governo para conter a entrada de capitais especulativos no país não afetaram o apetite dos investidores pelo país.
"Essas medidas que tomamos acabam contendo mais o capital de curto prazo, o ?hot money', ou os capitais que podemos chamar de especulativos. O nível de investimentos continuou se elevando no Brasil", afirmou Mantega. "As medidas não espantam os investimentos", acrescentou, lembrando que no ano passado os investimentos estrangeiros diretos no Brasil somaram US$ 48 bilhões, o que significa que o governo espera um aumento de 35,41% este ano.
De acordo com o ministro, as medidas tomadas pelo governo contribuíram para reduzir os fluxos especulativos para o país, mas não os investimentos diretos. Entre janeiro e março houve o ingresso de US$ 35 bilhões no país, grande parte em capital de curto prazo estimulado pela atratividade da economia brasileira.
"Tomamos fortes medidas diretas, reduzimos essa entrada e estamos com um ingresso em maio que considero normal. Até o dia 20 tivemos um saldo de US$ 3,3 bilhões, o que é bastante razoável", destacou.
Mantega fez questão de frisar a atuação do governo para evitar bolhas na economia brasileira que poderiam se formar com uma enxurrada de capitais especulativos no país. Além do aumento das reservas, que já estão na casa dos US$ 330 bilhões, o ministro lembrou a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% para os não residentes que aplicam em renda fixa; de 2% para os que aportam recursos em renda variável; e de 6% para tomada de crédito por bancos e empresas brasileiras por período inferior a 2 anos.
"Não há taxa sobre investimento direto", reforçou Mantega. "Foram contidas as aplicações em ativos mais especulativos, porém o investimento direto continua se elevando. Estamos conseguindo fazer uma seleção de capitais, contendo os capitais de curto prazo e estimulando os investimentos", assegurou.
(Rafael Rosas e Juliana Ennes | Valor)
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