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Dívida pública cresce 1,1% e soma R$ 1,96 trilhão em novembro

21/12/2012 11h56

BRASÍLIA - A Dívida Pública Federal registrou um crescimento, em termos nominais, de 1,10% na passagem de outubro para novembro e fechou o mês em R$ 1,965 trilhão. Em outubro, esse estoque foi de R$ 1,943 trilhão.

Segundo nota do Tesouro Nacional divulgada nessa sexta-feira, a dívida pública interna teve seu estoque ampliado em 0,95% ao passar de R$ 1,854 trilhão em outubro para R$ 1,872 trilhão em novembro.

Já a dívida externa totalizou R$ 92,99 bilhões (US$ 44,13 bilhões), o que representa um crescimento de 4,16% na comparação com os números de outubro.

O Tesouro prevê que o estoque da Dívida Pública Federal possa atingir a marca de R$ 2 trilhões no fim desse ano. Mesmo assim, valor vai ficar dentro do intervalo estabelecido como meta no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2012, que é entre R$ 1,95 trilhão e R$ 2,05 trilhões.

"É possível chegar em R$ 2 trilhões, mas em janeiro cai", afirmou o coordenador-geral substituto de Operações da Dívida Pública, José Franco de Morais. Segundo ele, já em 1º de janeiro há cerca de R$ 120 bilhões em títulos públicos que vão vencer.

Uma nova emissão de títulos no exterior, como previa o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, "dificilmente" será feita ainda esse ano, disse Morais.

O coordenador-geral afirmou que esse tipo de operação "depende das condições internacionais antes de mais nada". Há uma "incerteza relativamente grande em relação ao abismo fiscal" nos Estados Unidos e, por isso, o "mercado fica instável".

Emissões de títulos chegam a R$ 30 bi

Em novembro, as emissões de títulos da Dívida Pública Federal corresponderam a R$ 30,45 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 29,54 bilhões, o que resultou em uma emissão líquida de R$ 910 milhões.

Desse total líquido, R$ 1,11 bilhão refere-se à emissão líquida da dívida interna e resgate de R$ 200 milhões da dívida externa.

Os vencimentos da dívida pública para os próximos 12 meses apresentaram redução, passando de 25,3%, em outubro, para 24,48% em novembro. Já a vida média da dívida manteve-se em 6,37 anos no mês passado.

Custo médio da dívida cai para 11,43% ao ano

O custo médio da dívida interna caiu de 11,57% ao ano para 11,43% ao ano em novembro. A comparação considera o custo acumulado nos últimos 12 meses terminados em cada período.

O motivo da queda, segundo o documento do Tesouro Nacional, é, em parte, a menor variação da taxa básica de juros, a Selic, entre novembro de 2011 e o mês passado. Além disso, a variação do IGP-M também foi menor na mesma comparação.

Também houve queda no custo médio da dívida externa, passando para 22,78% ao ano em novembro, ante 25,91% ao ano no mês anterior.

Com isso, o custo médio da dívida pública federal total caiu 0,27 ponto percentual, passando de 12,15% ao ano em outubro para 11,88% ao ano em novembro.

Fundos de investimento ampliaram participação

A participação do investidor não residente na dívida interna bateu novo recorde em novembro, ao subir de 13,75% do total para 13,88% do endividamento de R$ 1,872 trilhão.

Os fundos de investimento locais também ampliaram levemente sua fatia na dívida, com o percentual de participação subindo de 24,35% em outubro para 24,83% no mês passado.

Já os bancos reduziram marginalmente sua participação, de 30,09% para 29,54%. As entidades de previdência caíram de 16,07% para 15,99%. E as seguradoras mantiveram uma fatia de 3,72% da dívida.
(Eduardo Campos e Thiago Resende | Valor)