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Danone fecha 2012 em lucro estável em 1,67 bilhão de euros

Divulgação
Imagem: Divulgação

19/02/2013 08h27

O lucro líquido da Danone ficou estável no ano passado na comparação com 2011, em 1,67 bilhão de euros, divulgou hoje a empresa em seu balanço. Segundo a administração, o desempenho na Europa foi responsável pela falta de crescimento do resultado.

Ao mesmo tempo, porém, as vendas subiram e levaram a receita líquida do grupo francês a 20,87 bilhões de euros, um aumento de 8% em 12 meses. Em território europeu, o faturamento avançou somente 0,4%, para 10,85 bilhões de euros, enquanto o volume de venda recuou 2,2%.

Nas outras duas regiões que revela em suas demonstrações financeiras, a alta na receita foi mais intensa. Na Ásia, o crescimento chegou a 25,2%, para 3,58 bilhões de euros, enquanto no "resto do mundo" o incremento foi de 14%, para 6,44 bilhões de euros.

O segmento que mais faturou em 2012 foi o de alimentos para bebês, cuja receita atingiu 4,26 bilhões de euros após subir 15,9%. Mas os produtos lácteos continuaram a gerar mais recursos para a companhia francesa. O faturamento da área avançou 3,9%, para 11,67 bilhões de euros.

A Danone sofre com uma grande carga de custos, que, junto com a fraca performance na Europa, levou a um resultado operacional quase em linha com 2011. O lucro antes de juros e impostos (Ebit, na sigla em inglês) cresceu 0,6% no ano passado, para 2,75 bilhões de euros. Despesas financeiras maiores e uma elevação das provisões para impostos também levaram ao lucro líquido estável em 12 meses.

Demissões

Para tentar contornar a situação, a Danone afirmou que vai continuar remodelando suas operações europeias para conseguir economizar 200 milhões de euros com gastos do tipo. Para este ano, a expectativa é que as vendas excluindo efeitos cambiais e considerando negócios já existentes avancem 5%, mas a margem operacional continue caindo ? entre 0,5 e 0,3 ponto percentual ? por conta dos custos.

O objetivo do grupo de enxugar os gastos inclui a demissão de 900 trabalhadores em 26 países da Europa, o que significa a redução em cerca de metade das unidades administrativas. As subsidiárias vão passar a trabalhar em conjunto para otimizar os processos, mas a empresa continuará atuando em todos os mercados nos quais está presente hoje.

(Renato Rostás | Valor)