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Oposição quer ouvir Tuma Jr. sobre revelações feitas em livro

09/12/2013 16h46

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) vai apresentar, nesta segunda-feira, 9, requerimento convidando Romeu Tuma Júnior, ex-secretário nacional de Justiça, para prestar esclarecimentos à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sobre as revelações feitas por ele em livro e antecipadas pela última edição da revista semanal Veja. Uma das revelações é sobre a existência de uma "fábrica de dossiês" no Ministério da Justiça.

Para o senador tucano, pela "larga experiência" que tem como policial, Tuma Júnior não faria denúncias com tal gravidade sem dispor de material de prova. "Ele tirou do armário do crime esqueletos dos últimos anos e denuncia alguns capítulos que não foram escritos nos casos do mensalão e de Santo André", disse Dias, que fará pronunciamento no Senado nesta segunda-feira, 9, sobre o assunto.

No livro intitulado Assassinato de Reputações - Um Crime de Estado, Tuma Júnior, que comandou a Secretaria Nacional de Justiça entre 2007 e 2010, cita detalhes sobre o episódio da morte do petista Celso Daniel, prefeito de Santo André (SP) assassinado em janeiro de 2002, e fala sobre a montagem de dossiês contra adversários do governo Lula e afirma ter descoberto uma conta bancária nas Ilhas Cayman, usada para movimentar recursos supostamente obtidos no esquema do mensalão do PT.

A expectativa de Dias é que Tuma Júnior aceite o convite para falar ao Senado e apresente provas. Seria um primeiro passo para que a oposição adote outras providências, como o encaminhamento de representação ao Ministério Público, pedindo abertura de inquérito.

"A audiência pública será importante para oficializar as denúncias a uma instituição pública e evitar que os fatos citados por ele fiquem apenas na categoria de revelações", disse o senador.

O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (GO), também já anunciou que quer convidar Romeu Tuma Júnior para falar na Casa. Ele deve apresentar, também hoje, requerimento convidando o ex-secretário a falar ? e levar documentos ? à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Casa.