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Dilma garante "olhar diferenciado" a pequenos empreendedores

03/04/2014 11h25

A presidente Dilma Rousseff estendeu-se em elogios aos representantes de associações comerciais do país, afirmando que essas entidades são responsáveis por "unir" o "Brasil real" ao "centro das decisões".

Ao participar do I Fórum Nacional da CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil), entidade com representação em todo o país, em interação com mais de 2,3 milhões de empresários, principalmente microempreendedores, Dilma disse, em discurso, que micro e pequenos empreendedores devem ser privilegiados dado o dinamismo do setor.

Dilma avaliou, também. que o "olhar diferenciado" do governo sobre essas empresas permitirá ao Brasil "um tecido econômico e social forte, dinâmico e democrático". Para a presidente, o Brasil é hoje país com "grande potencial e dinamismo de micro e pequenos negócios".

"Essa é realidade que explica a importância que terá cada vez mais qualificação técnica e de gestão", disse.

Dilma afirmou, ainda, que o dinamismo do comércio e serviços tem papel cada vez maior em municípios e que foram criadas condições para a criação de "um imenso mercado interno".

"O mundo nos reconhece hoje como uma das mais importantes economias e locais de produção e consumo", afirmou, acrescentando que "o Brasil sempre está em local de destaque" em diversos setores produtivos.

"Para avançar mais precisamos dirigir nossas prioridades para um dos setores mais dinâmicos e 'includentes' da nossa economia, que cresce mesmo contra tudo e contra todos, que é o micro e pequeno negócio."

Dilma afirmou que o governo está "totalmente comprometido" com o processo de desburocratização do setor produtivo no país, tornando-o "algo central".

Desburocratização

"Acreditamos que o movimento de acabar com a burocracia de baixo para cima (...) é um dos meios eficazes para que possamos garantir toda desburocratização do sistema produtivo no Brasil", afirmou.

Dilma defendeu o que chamou de "simplificação do Simples" e afirmou que há "distorção intolerável" em substituição tributária, ao tratar do recolhimento de impostos entre as empresas, considerando o porte de cada uma delas.

Ao falar da situação econômica do país, a presidente destacou que a taxa de inflação vem sendo mantida nos últimos 11 anos dentro dos limites fixados por CMN e que tem havido uma redução no endividamento do país.

"Em 2002 chegava a 60% do PIB, hoje chegamos a 33,7% e nossa política fiscal está mantida olhando justamente essa tendência de queda da dívida sobre o PIB", disse Dilma, destacando também as reservas internacionais do país para a proteção a "extremas volatilidades".

Mais produtividade, mais inclusão

"Fortalecemos, também, a questão do investimento produtivo e da produtividade, algo fundamental para o Brasil, cada empresa e toda sociedade. Para a gente continuar com o processo de distribuição de renda e de inclusão, o padrão de crescimento tem de ser cada vez mais de alta qualidade", completou, citando ainda as concessões na área de infraestrutura, cuja continuidade assegurou para este ano, e a desoneração da folha de pagamento, reduzindo incidência sobre empresas.

"Associações são espécie de sensores por todo o Brasil porque captam tudo o que acontece no mundo real no nosso país", disse. "Para o país ter estrutura de base dessa envergadura que expressa a realidade de cada setor é muito importante", completou.

"O Brasil de hoje é diferente, está em processo acelerado de transformação, é o país mais inclusivo e gerador de oportunidades", disse, ainda, a presidente ao enumerar feitos do governo voltados para empreendedores, sobretudo visando a geração de emprego. Dilma também destacou a ascensão social de milhares de brasileiros nos últimos anos.