Corte no orçamento de governos e famílias derruba receita de serviços
A receita do setor de serviços desacelerou para 1,7% em abril, o segundo pior resultado em toda série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) iniciada em 2012. O resultado foi influenciado pelo recuo do rendimento das famílias, corte nos orçamentos dos governos e a baixa atividade industrial, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os serviços prestados às famílias tiveram o menor crescimento da receita no ano. O segmento já vinha desacelerando desde janeiro e avançou, em abril, apenas 1,2% - após alta de 8,9% em janeiro, 6,8% em fevereiro e 2,5% em março.
Segundo o IBGE, "a redução do poder aquisitivo da população somada ao crescimento dos preços de alimentação fora do domicílio contribuíram para que a variação nominal dos serviços prestados às famílias atingisse o menor patamar desde o início da série".
O corte de despesas da administração pública afetou principalmente os serviços de informação e comunicação, que apresentaram queda de 0,1% no mês. Nesse segmento, a principal variação negativa foi em serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias, com queda de 6,8%.
Outro segmento com receita em desaceleração foi o de transportes: de 8,7% em março para 1% em abril. O freio nas atividades se deve, segundo o IBGE, ao "desaquecimento das atividades industriais, que resultou em menor demanda dos Transportes terrestre, em especial do transporte rodoviário de cargas.
Ainda de acordo com o IBGE, serviços profissionais, administrativos e complementares viram sua receita crescer 6,7%. O dado é inferior ao de março (8,7%), mas é um retrato de como o segmento se sobressai - a variação acumulada no ano ficou em 6,2% e em 12 meses, 7,9%. Par ao IBGE, "o desempenho favorável pode ser atribuído ao caráter de uso essencial dos seus principais serviços.
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