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Bovespa cai após dados de emprego nos EUA e inflação no Brasil

05/02/2016 18h31


A inflação no Brasil e a geração de emprego nos Estados Unidos deram o tom dos negócios na Bovespa nesta sexta-feira. Depois de mais um pregão volátil, o Ibovespa consolidou o sinal negativo à tarde, pressionado pela queda dos mercados americanos. O volume de negócios diminuiu sensivelmente depois do almoço, com muitos investidores antecipando a saída para o feriadão de Carnaval.

O Ibovespa fechou em baixa de 0,56%, aos 40.592 pontos, com volume de R$ 4,949 bilhões. Desta forma, a bolsa brasileira encerrou a semana com alta acumulada de 0,46%, mesmo depois do tombo de quase 5% registrado na terça-feira, o pior pregão em quatro anos e meio. No mês, o índice ainda cai 6,36%.

Entre as principais ações, Petrobras PN acompanhou a queda do petróleo no mercado internacional e caiu 4,01%, seguida por Ambev ON (-1,19%) e Bradesco PN (-1,01%), enquanto Itaú PN subiu 0,97% e Brasil Foods ON avançou 1,76%.

Os dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos mostraram a criação de 151 mil vagas em janeiro, abaixo da expectativa dos economistas, de 185 mil empregos. Em compensação, a taxa de desemprego ficou em 4,9%, ante expectativa de estabilidade em 5,0%. E o ganho salarial médio por hora trabalhada subiu 0,47%, ante estimativa de 0,3% no mês.

Aqui, a inflação medida pelo IPCA encerrou janeiro com alta de 1,27%, a maior taxa para meses de janeiro desde 2003. Economistas esperavam avanço de 1,1%. O dado reforça a avaliação dos economistas de que o Banco Central será obrigado a agir e elevar novamente os juros para conter a aceleração dos preços.

Entre as maiores altas do Ibovespa terminaram Rumo ON (21,69%), Gerdau Metalúrgica PN (7,69%), Cemig PN (6,39%) e CSN ON (5,28%). O setor siderúrgico acompanha a recuperação do preço do minério de ferro e reagiu a rumores de reajuste de preços de aços planos. Hoje, o minério de ferro no porto de Qingdao, na China, subiu 0,46%, para US$ 45,73 a tonelada.

Já as ações da Rumo dispararam com a expectativa de que a companhia de logística anuncie uma nova capitalização de R$ 2 bilhões. Nesta semana, a Rumo desistiu de um aumento de capital de R$ 650 milhões, quantia considera insuficiente para pelo mercado para resolver sua situação. A empresa encerrou setembro com dívida líquida de R$ 7,3 bilhões, com relação dívida/Ebitda de 4,85 vezes.

O UBS elevou a recomendação das ações de venda para compra. "Após o recente ?sell-off' (venda generalizada), enxergamos a relação risco/retorno das ações como atrativa", afirmou o analista Rogerio Araujo em relatório. Desde o começo do ano, as ações acumulam queda de 85,5%.

Na ponta negativa ficaram Cielo ON (-5,99%), Lojas Renner ON (-5,61%) e TIM ON (-5,02%). A Renner divulgou lucro líquido de R$ 251,5 milhões no quarto trimestre, um aumento de 15% em comparação ao mesmo período de 2014, impulsionado pelo desempenho ainda forte de vendas e a uma execução eficiente das operações. Em relatório, o Credit Suisse considerou os resultados do trimestre "relativamente modestos" e disse acreditar que este ano deverá apresentar mais dificuldades para a companhia.

Já a queda de Cielo reflete notícia de que o Bradesco e o Banco do Brasil - que já controlam a Cielo - avançaram nas negociações para adquirir a participação de 49% do Citi na adquirente Elavon. O negócio deve ser anunciado nos próximos dias.