Juros futuros sobem afetados por dados do BC e cena política incerta
As taxas dos contratos futuros de juros subiram na BM&F nesta quinta-feira, com os investidores reagindo ao Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado hoje pelo Banco Central, que enfraqueceu as apostas em uma antecipação de um corte da taxa Selic neste ano ao destacar que as "condições atuais não permitem uma flexibilização da política monetária". No caso das taxas de juros com vencimento mais longo, o movimento de alta foi acentuado pela incerteza no cenário político.
O DI para janeiro de 2017 subiu de 13,76% para 13,885% no fechamento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2018 avançou de 13,46% para 13,72%.
Apesar da queda do dólar e da revisão para baixo do PIB, o BC elevou as projeções de inflação no cenário de referência, com a estimativa para o IPCA passando de 6,2% para 6,6% neste ano (acima do teto da meta de 6,5%) e de 4,8% para 4,9% em 2017, considerando um patamar do dólar a R$ 3,70 (abaixo dos R$ 3,90 assumido em dezembro). Segundo o BC, a indefinição fiscal tem impactado negativamente as expectativas de inflação.
Nesse cenário, os investidores corrigiram as apostas após a forte queda das taxas de juros verificadas recentemente, sustentada pela aposta em uma mudança de governo e da adoção de uma política econômica mais austera. "O RTI veio com um tom um pouco mais ?hawkish' ( do que o mercado esperava em função da forte queda do dólar", afirma o gestor de renda fixa e derivativos da Brasif, Henrique de la Rocque.
Para o Itaú Unibanco, o RTI reforça o cenário de que o Copom deve reduzir os juros apenas no segundo semestre deste ano. "A recessão prolongada e o câmbio mais estável devem contribuir para uma gradual redução das expectativas de inflação, o que abrirá espaço para esse ciclo de corte de juros mais adiante", aponta o banco em relatório, prevendo uma taxa Selic a 12,75% no fim do ano.
No caso das taxas de juros com prazos mais longos, a indefinição política tem levado os investidores a adotar uma postura mais cautelosa. Notícias de que o governo costura, com algum sucesso, acordos com partidos menores e declarações de alguns parlamentares sinalizando uma divisão de posição do PMDB em relação ao rompimento com o governo aumentaram as dúvidas sobre a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, ainda que esse ainda seja o cenário base considerado no mercado. O DI para janeiro de 2021 subiu de 13,62% para 13,95%.
O DI para janeiro de 2017 subiu de 13,76% para 13,885% no fechamento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2018 avançou de 13,46% para 13,72%.
Apesar da queda do dólar e da revisão para baixo do PIB, o BC elevou as projeções de inflação no cenário de referência, com a estimativa para o IPCA passando de 6,2% para 6,6% neste ano (acima do teto da meta de 6,5%) e de 4,8% para 4,9% em 2017, considerando um patamar do dólar a R$ 3,70 (abaixo dos R$ 3,90 assumido em dezembro). Segundo o BC, a indefinição fiscal tem impactado negativamente as expectativas de inflação.
Nesse cenário, os investidores corrigiram as apostas após a forte queda das taxas de juros verificadas recentemente, sustentada pela aposta em uma mudança de governo e da adoção de uma política econômica mais austera. "O RTI veio com um tom um pouco mais ?hawkish' ( do que o mercado esperava em função da forte queda do dólar", afirma o gestor de renda fixa e derivativos da Brasif, Henrique de la Rocque.
Para o Itaú Unibanco, o RTI reforça o cenário de que o Copom deve reduzir os juros apenas no segundo semestre deste ano. "A recessão prolongada e o câmbio mais estável devem contribuir para uma gradual redução das expectativas de inflação, o que abrirá espaço para esse ciclo de corte de juros mais adiante", aponta o banco em relatório, prevendo uma taxa Selic a 12,75% no fim do ano.
No caso das taxas de juros com prazos mais longos, a indefinição política tem levado os investidores a adotar uma postura mais cautelosa. Notícias de que o governo costura, com algum sucesso, acordos com partidos menores e declarações de alguns parlamentares sinalizando uma divisão de posição do PMDB em relação ao rompimento com o governo aumentaram as dúvidas sobre a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, ainda que esse ainda seja o cenário base considerado no mercado. O DI para janeiro de 2021 subiu de 13,62% para 13,95%.
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