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Produção global de aço tem leve queda em março

20/04/2016 15h11

A produção de aço bruto em todo o mundo totalizou 137,3 milhões de toneladas em março, informou nesta quarta-feira a Worldsteel Association, entidade que reúne dados dos 66 principais países no setor siderúrgico. O volume representa leve queda de 0,5% ante o mesmo mês do ano passado. Em relação a fevereiro, porém, houve crescimento expressivo de 14%.

O maior ritmo de fabricação global se deveu principalmente à recuperação forte da China, que é o país que mais produz aço. As usinas chinesas entregaram 70,7 milhões de toneladas no mês passado, alta de 2,9% na comparação anual e aumento de 20,7% de um mês para o outro.

Além de entrar no período sazonalmente mais intenso da demanda por aço, a China também vive uma recuperação de margens de suas siderúrgicas, o que ajudou na alta da produção. Além disso, a expectativa de estímulos e dados mais fortes da economia sugerem atividade maior do que se esperava.

Com o resultado de março, os chineses passam a atender por 51,4% da produção internacional de aço bruto. Em fevereiro, esse patamar era de 48,6%.

Dentre outros países da Ásia com forte participação na produção mundial, o Japão reduziu seus volumes em 6,8%, quando comparado com março de 2015, para 8,6 milhões de toneladas. Ante fevereiro, houve elevação de 3,5%. Na Índia, as altas foram de 3,4% e 16,1%, respectivamente, para 8,1 milhões de toneladas.

Nos Estados Unidos, também grandes produtores globais, o volume fabricado foi de 6,7 milhões de toneladas, avanço de 4,9% na comparação anual e de 6% na mensal. A Rússia produziu 6 milhões de toneladas, baixa de 2% em bases anuais, mas aumento de 6,1% de um mês para o outro. A União Europeia fabricou 14,1 milhões de toneladas, corte de 8,7% em um ano e alta de 8% ante fevereiro.

Os dados mostram por que a demanda por minério de ferro, a principal matéria-prima do aço, melhorou no começo deste ano e ajudou a elevar os preços da commodity. Com produção maior em praticamente todas as regiões mais importantes, o insumo terminou hoje cotado em US$ 64,77 por tonelada, valorização acumulada de 49% em 2016.

O levantamento da Worldsteel também mostra que o uso de capacidade voltou ao nível acima de 70% pela primeira vez em um ano. O índice ficou em 70,5% durante março, 3,9 pontos percentuais a mais do que em fevereiro, mas ainda 1,3 ponto abaixo do patamar do mesmo mês de 2015.