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Gol prorroga prazo para troca de bônus até 15 de junho

09/06/2016 14h16

A Gol prorrogou para o dia 15 de junho, até as 23h59 no horário de Nova York, o prazo máximo para que os investidores donos de títulos de dívida da companhia em moeda estrangeira adiram ao programa de troca desses papéis por uma nova colocação.

O prazo original da troca era o dia 1º de junho, que foi adiado uma primeira vez para ontem, dia 8 de junho. Esta é, portanto, a segunda prorrogação.

As condições de troca foram mantidas pela Gol. Quem aderir ao programa vai trocar papéis com vencimentos em 2017, 2020, 2022, 2023 e bônus perpétuos por outros títulos cujos prazos vencem em 2018, 2-23 e 2028.

A Gol disse que às 17h, horário de Nova York, no dia 8 de junho de 2016, os titulares elegíveis tinham ofertado para troca de notes antigas um valor principal total de US$ 134,881 milhões. Isso representa 17,3% dos papéis que estão em circulação alvo da operação de troca. No dia 2 de junho, data da primeira prorrogação do prazo, esse percentual de adesão era de 17%.

A Gol manteve a meta de atingir um percentual de 95% dos títulos em circulação nessa operação de troca.

Separando o percentual de adesão por tipos de papéis sujeitos à troca, os investidores que aceitaram até agora a operação estão divididos da seguinte forma: (US$ 24,471 milhões em notes 2017, mais US$ 29,345 milhões em notes 2020, outros US$ 30,150 milhões em notes de 2022, mais US$ 11,956 milhões em notes 2023 e finalmente US$ 38,959 milhões de bônus perpétuos.

Além dos novos papéis, os investidores que entregarem os títulos em circulação receberão dinheiro na transação.

A relação de troca representa para os donos dos títulos um deságio de 30% a 70% em relação ao valor original de face dessas aplicações. Já se comparado ao valor de face desses ativos no mercado secundário, a relação de troca representa um prêmio que varia de 5% a 50%, uma vez que esses títulos veem se desvalorizando nos últimos meses por causa da crise da companhia.

A Gol manteve também as condições de remuneração dos corretores, com uma comissão no valor de US$ 2,50 por cada US$ 1.000,00 do montante principal dos Bônus Antigas que forem ofertadas e aceitas de forma válida na Exchange Offer.

A meta da Gol é reestruturar a dívida, para diminuir a alavancagem do balanço. A aérea encerrou o primeiro trimestre do ano com dívida bruta ajustada de R$ 16,2 bilhões, ou 9,4 vezes mais que o lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização, depreciação e leasing. Um ano antes, essa relação estava na casa de seis vezes.

Para atingir oobjetivo, a Gol está negociando outras dívidas, como o compromisso de R$ 1,05 bilhão em debêntures com Bradesco e Banco do Brasil, investimento em frota, com a Boeing, contratos de leasing com empresas de arrendamento de aeronaves, além de fornecedores de manutenção e outros serviços.