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IGP-10 aumenta 1,42% em junho e tem alta de 11,85% em 12 meses

15/06/2016 08h56

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) acelerou para 1,42% em junho, superando a taxa de 0,60% registrada um mês antes, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em junho de 2015, a variação positiva foi bem menor, de 0,57%.

Com isso, a taxa acumulada no ano ficou em 5,34% e, em 12 meses, em 11,85%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Como tem acontecido com outros IGPs, a taxa foi puxada pela forte alta dos grãos, como soja e milho, no atacado. No IGP-10, a disparada dos preços do feijão também influenciou a variação do mês. Esses produtos elevaram o o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a inflação no atacado, de 0,64% em maio para 1,89% um mês depois. A alta da soja em grão foi de 7,22% para 15,98%, a do milho, de 6,47% para 8,70%, e a do feijão, de 2,82% para 23,59%. O farelo de soja também subiu, de 12,38% para 24,16% e, como serve de base para ração, já influencia os preços dos suínos, que saíram de queda de 6,13% em maio para alta de 7,73% em junho.

Devido a problemas climáticos no fim da colheita no Brasil e na Argentina e a incertezas sobre a safra nos Estados Unidos, os preços da soja dispararam no mercado internacional nas últimas semanas. A produção interna de feijão também tem sido afetada pelo clima.

No varejo, a inflação ainda cede. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) aumentou 0,49% em junho, seguindo elevação de 0,60% em maio, com metade de suas oito classes de despesa registrando taxas mais baixas, em especial saúde e cuidados pessoais (2,53% para 0,98%), passado o reajuste dos medicamentos em geral, cuja taxa caiu de 7,55% para 1,55% de alta. Completam essa lista alimentação (0,79% para 0,22%), transportes (0,11% para -0,25%) e vestuário (0,81% para 0,71%). Nessas classes de despesa, destacaram-se os itens frutas (4,61% para -3,59%), tarifa de ônibus urbano (1,12% para 0,04%) e roupas (0,89% para 0,72%), respectivamente.

Em contrapartida, subiram mais despesas diversas (1,29% para 2,58%), educação, leitura e recreação (0,02% para 0,24%) e comunicação (0,22% para 0,28%). Habitação deixou queda de 0,06% para incremento de 0,84%.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou em junho acréscimo de 0,49%, ante 0,33% no mês anterior. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços aumentou 0,14%, coincidindo com a taxa do mês anterior. O índice que representa o custo da mão de obra avançou 0,81%, seguindo incremento de 0,49%.