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Ações ON da Oi fecham em queda de 8% e as PN perdem mais de 18%

21/06/2016 17h55

Depois de ajuizar o maior pedido de recuperação judicial da história do país, na noite de segunda-feira, as ações ordinárias (ON) da Oi fecharam em queda de 8,73%, a R$ 1,15, enquanto as preferenciais (PN) recuaram 18,18%, a R$ 0,81, nesta terça-feira.

O dia foi muito instável para as ações da empresa, com leilões permeando boa parte do dia. Na mínima do pregão, as ações ON perderam 22,2%, a R$ 0,98, e as PNs caíram 31,3%, a R$ 0,68. O giro foi alto - de R$ 33,278 milhões para as ordinárias e R$ 19,638 milhões para as preferenciais, ante a média de R$ 20,8 milhões e R$ 16,8 milhões, respectivamente, nos últimos vinte pregões até segunda-feira (20). A negociação na BM&FBovespa foi iniciada apenas às 11 horas.

A quarta maior operadora de telecomunicações do país pediu recuperação judicial, depois de não conseguir avanços em um complicado processo de renegociação financeira com credores internacionais. A empresa tem dívidas de R$ 65,4 bilhões a pagar a terceiros, segundo lista protocolada pela empresa na Justiça do Rio de Janeiro.

Depois do pedido de recuperação judicial, a nota de crédito foi rebaixada pelas agências de classificação de risco Fitch e Standard & Poors (S&P) para a categoria de calote (?D'). A Moody's cortou o rating de ?Caa1' para ?C'.

A bolsa brasileira informou que vai retirar as ON e PN da Oi de todos os índices de ações que os papéis integram: o Índice Brasil Amplo (IBrA), o Índice Brasil 100 (IBrX100), o Índice de Governança Corporativa Trade (IGCT), o Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC), o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e o Índice Small Cap (SMLL).

A bolsa de Nova York (Nyse) determinou às 10h37 (horário de Brasília) a suspensão imediata de todas as negociações com os ADRs da Oi e o início dos procedimentos para a deslistagem dos papéis. A última cotação era de US$ 0,16, queda de 46,7%.

Em Portugal, o regulador de mercado suspendeu a negociação das ações da maior acionista da Oi, a Pharol SGPS, veículo de investimento listado na bolsa de Lisboa com uma fatia de 27,5% na empresa brasileira.

A crise enfrentada pela Oi pode ser vista como uma oportunidade de aquisição por estrangeiros. Foi o caso do bilionário egípcio Naguib Sawiris, controlador na operadora Orascom Telecom Media, que disse à agência de notícias "Bloomberg" estar preparado para investir na brasileira, desde que tenha conversas exclusivas com a companhia. "A Oi precisa de um acionista com uma sólida experiência em telecomunicações para resolver os seus problemas operacionais, além de suas dívidas financeiras", disse Sawiris à "Bloomberg".

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