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Setor de serviços diminui ritmo de queda em junho, informa Markit

05/07/2016 11h01

A atividade do setor de serviços no Brasil continuou a cair em junho, mas de forma menos acentuada, de acordo com o Índice Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do serviço de informações financeiras Markit. O PMI de serviços passou de 37,3 em maio para 41,4 um mês depois. Há 16 meses, o PMI não fica acima de 50, limite que separa o crescimento da retração da atividade.

De acordo com a pesquisa, as empresas de serviços continuaram a verificar queda nos novos negócios e no número de empregados. O aumento dos preços da energia e dos alimentos no período afetaram ainda mais as margens do setor, que não tem conseguido repassar todos os aumentos por causa da demanda fraca.

Com o resultado do PMI de serviços, o índice composto do setor privado brasileiro - que inclui também a indústria - saiu de 38,3 em maio (mínima de nove anos e meio) para 42,3 em junho. O PMI industrial, divulgado na sexta-feira passada, foi de 41,6 em maio para 43,2 em junho. A contração do indicador é a menor registrada desde janeiro. Apesar disso, a leitura trimestral do dado - 39,9 - é a menor da história da pesquisa.

Apesar das condições desfavoráveis do setor de serviços no momento, as empresas se mostraram otimistas com as perspectivas para a economia nos próximos meses, diz a Markit.

Pollyanna De Lima, economista da Markit e autora do relatório, diz que uma retomada do setor privado está longe de acontecer. "Uma virada iminente parece improvável. Não apenas os novos negócios tiveram queda forte, mas as empresas demitiram muito nos últimos meses. Para piorar, em junho os custos aumentaram novamente, enquanto o câmbio [embora mais apreciado] continuou a pressionar os custos de materiais importados", afirmou, em nota.