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Dólar tem leve alta após sete quedas e fecha a R$ 3,13

11/08/2016 17h41

Após cair por sete pregões consecutivos, na maior série do tipo em cinco anos, o dólar ensaiou uma correção de alta nesta quinta-feira, ainda que moderada. O mercado preferiu suavizar as compras antes de eventuais declarações do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, sobre câmbio, amanhã em evento em São Paulo.

A moeda americana subiu 0,18%, a R$ 3,1370, devolvendo apenas uma fração da queda de 4,25% das últimas sete sessões.

No mercado futuro, o dólar para setembro tinha valorização de 0,32%, a R$ 3,1590.

O fortalecimento da divisa no exterior, ditado por elevação das expectativas de aumento de juros nos EUA, acabou impactando as operações aqui, já influenciadas pelo reforço das intervenções do Banco Central. A forte alta dos preços do petróleo, de mais de 4% hoje, contudo, ajudou a compensar o impacto da intervenção mais forte no câmbio.

O BC colocou hoje 15 mil contratos de swap cambial reverso, o que equivale a ter retirado do mercado futuro US$ 750 milhões - US$ 250 milhões a mais do que vinha retirando desde julho, quando retomou essas operações.

Para analistas, o BC apenas viu uma janela para acelerar o desmonte de swaps cambiais tradicionais. Mantido o ritmo, o estoque de swaps tradicionais deve ser zerado em meados de novembro e não mais no fim do ano.

"Se o mercado tivesse entendido que o BC quis colocar um piso na cotação, a alta seria bem mais forte. Mas não é o caso", diz o gerente da mesa de derivativos de uma corretora. "A tendência ainda é de queda do dólar porque é isso que se vê no exterior", acrescenta.

Na mesma linha, o BNP Paribas diz que não se surpreenderia com uma baixa do dólar aquém de R$ 3,10 nas próximas semanas. Numa distribuição de probabilidades elaborada pelo banco, a melhor estimativa para o real é de 3,07 por dólar em setembro e de 3,02 por dólar em dezembro.

"O real deve se beneficiar ainda de uma combinação de fatores domésticos e externos", diz a equipe de estratégia do banco, que mantém recomendação de compra para a moeda brasileira em relação ao dólar australiano, peso chileno e euro. O banco estima que, no ritmo atual de ofertas de swaps reversos, o estoque de swaps tradicionais deverá ser zerado em meados de novembro.