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Quadro é de incerteza e não temos como avaliar, diz Maciel, do BC

19/05/2017 12h01

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel, evitou comentar questões mais recentes sobre atividade e se ateve aos dados publicados hoje, que mostram, de forma defasada, como está a economia nas regiões do país. Questionado por jornalistas sobre a recente reação, em especial do câmbio, ao noticiário político, entre outros assuntos, ele preferiu não fazer comentário. "É um quadro de incerteza e não temos como dar uma avaliação. Irei me concentrar nas informações do boletim", afirmouem Fortaleza, onde estava para a divulgação do Boletim Regional do Banco Central (BC).


Na apresentação do boletim, Maciel reiterou que a inflação tem cedido, lembrando o recuo para 4,08% em 12 meses até abril, último dado recente. Também disse que, na maioria das regiões, a atividade tem dado mostras de reação, ainda que de forma gradual. Ele ressaltou que a eliminação postos de trabalho formais no trimestre até fevereiro, 467,6 mil, situou-se significativamente abaixo dos desligamentos ocorridos no mesmo período do ano anterior (800,5 mil). O representante do BC também ressaltou o aumento da produção agrícola, estimado em 26% na atual safra.


O mercado de crédito segue fraco, refletindo a desalavancagem das empresas e das famílias, em ambiente de incerteza quanto à retomada da economia. No trimestre até fevereiro, o saldo das operações superiores a R$ 1 mil contraiu 0,8%, afetado pela retração no Sudeste (-1,8%), Norte (-0,5%) e Nordeste (-0,1%), em especial pelo recuo das carteiras junto a pessoas jurídicas. A carteira de pessoas físicas aumentou 1,1% no país, repercutindo avanços em todas as regiões, com destaque para as operações de financiamentos imobiliários e consignado, segundo dados do boletim.