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Confiança de serviços aumenta em maio, aponta FGV

30/05/2017 08h46

Com melhora da percepção sobre o momento atual e piora das expectativas, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu apenas 0,5 ponto em maio, recuperando parte da queda de 1,1 ponto em abril, na série com ajuste sazonal. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice registra a primeira queda do ano (-0,3 ponto).


"Os indicadores de maio, apoiados sobretudo na percepção sobre o ambiente corrente de negócios do setor, confirmam a tendência de melhora gradual e suave da confiança das empresas de serviços que vem sendo observada ao longo dos cinco primeiros meses do ano. A avaliação sobre a situação corrente reage há três meses consecutivos e sustenta o avanço da confiança em maio. No entanto, cabe lembrar que os resultados deste mês não captam inteiramente os possíveis efeitos sobre o humor empresarial decorrentes do recrudescimento da incerteza no campo político", diz Silvio Sales, consultor da FGV-Ibre.


O avanço da confiança em maio foi concentrado: apenas cinco das 13 atividades pesquisadas acompanharam o movimento. Além disso, a alta foi motivada por comportamentos distintos em seus dois componentes. Houve melhora da percepção sobre a situação atual e piora das expectativas, assim como havia ocorrido no mês anterior. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 1,3 ponto, para 77,9 pontos, e o Índice de Expectativas (IE-S) diminuiu 0,4 ponto, para 91,7 pontos.


A principal contribuição para a alta do ISA-S em maio foi do indicador de percepção sobre a Situação Atual dos Negócios, com alta de 2,7 pontos, para 79 pontos. Entre os integrantes do Índice de Expectativas (IE-S), a maior influência veio do indicador de otimismo com a Tendência dos Negócios nos seis meses seguintes, que cedeu 0,6 ponto, para 93,6 pontos. O nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) do setor de serviços recuou 0,1 ponto percentual em maio, ante abril, para 82,4%, na série ajustada sazonalmente.


Ameaça ao emprego


Assim como ocorre com o Indicador de Confiança, o indicador de perspectivas para o emprego no setor, que havia dado sinais de melhora ao fim do primeiro trimestre, consolidou os ganhos no segundo trimestre. A diferença em pontos entre a proporção de empresas que pretendem aumentar o quadro de pessoal e a das que preveem reduzi-lo nos meses seguintes (-2,5 pontos em médias trimestrais) é a menos negativa desde fevereiro de 2015 (-1,2 ponto).


Esta aproximação do saldo de respostas do nível neutro (zero) mostra que o ritmo de cortes de vagas no setor vem perdendo fôlego. Mas a desaceleração do indicador de Emprego Previsto na ponta, associada ao aumento de incertezas com os eventos políticos de maio, apontam riscos para a retomada de contratações líquidas pelo setor nos próximos meses, diz a FGV.


A sondagem de serviços de maio colheu informações de 1.991 empresas entre os dias 2 e 26 deste mês.