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FGV: Confiança da construção sobe e retoma nível de setembro de 2016

27/06/2017 09h00

O Índice de Confiança da Construção medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) voltou a subir em junho, após queda de 2,5 pontos em maio. Desta forma, o indicador ficou em 74,2 pontos e retornou ao nível de setembro de 2016. Na comparação com junho do ano passado, o índice avançou 5,7 pontos.


"A pequena alta do Índice de Confiança da Construção em junho sugere que o efeito percebido do aumento da incerteza após 17 de maio [revelação de conversa entre Temer e Joesley Batista] sobre os negócios não foi expressivo. A desagregação setorial do resultado revela dinâmicas distintas entre os principais segmentos do setor. No de Edificações - menos dependente de iniciativas diretas do governo - as expectativas voltaram a subir em junho após queda expressiva no mês anterior. Já no segmento de Obras de Infraestrutura, houve piora adicional neste último mês", avaliou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE.


De acordo com a FGV, a alta do indicador neste mês decorre de melhora discreta tanto da avaliação presente quanto das perspectivas no curto prazo: ambos os índices avançaram 0,2 ponto. O destaque do Índice de Situação Atual (ISA-CST) foi o indicador que mede a situação dos negócios correntes, que avançou 1,2 ponto, para 65,8 pontos, após recuar 2,2 pontos em maio.


A alta do Índice de Expectativas (IE-CST) foi provocada pela subida do indicador que mede o otimismo com a situação a situação dos negócios nos próximos seis meses, que subiu 0,4 ponto, para 86 pontos, após declinar 3,8 pontos no mês anterior.


O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor recuou 0,6 ponto percentual em junho, para 61,5%. O número é 21,4 pontos percentuais abaixo do maior nível da série histórica da pesquisa, registrado em setembro de 2013 (82,9%).


Na avaliação da FGV, os indicadores da sondagem revelam um quadro ainda de pessimismo entre as empresas do setor. "A contribuição do ambiente de incerteza política para a continuidade desta visão pessimista sobre o rumo dos negócios, pode ser ilustrada pela expressiva piora das expectativas no segmento de Obras de Infraestrutura nos últimos dois meses".


A edição de junho da sondagem coletou informações de 702 empresas entre os dias 1 e 23 deste mês.