BNDES defende escolha de novo CEO para a JBS
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nota nesta quarta-feira (13) para detalhar posicionamento em relação à prisão hoje de Wesley Batista, presidente e um dos controladores do grupo JBS.
O BNDES é detentor de 21,3% do capital da empresa por meio de sua subsidiária de participações, a BNDESPar.
O banco defendeu, qualquer que seja o desenrolar dos fatos que conduziram à prisão de Wesley hoje, o início de uma renovação dos quadros estatutários da JBS, inclusive com a abertura de processo seletivo para a escolha de novo CEO para a empresa "em caráter definitivo". Para o banco, isso contribuiria "para o melhor interesse da companhia, e para a sua preservação e sustentação".
No comunicado, o banco citou ainda a Lei das S.A. (Lei 6.404/76) ao observar que o conselho de administração da companhia é a instância adequada para escolher um administrador interino.
O banco também defendeu a necessidade de realização de Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da empresa "independentemente do ocorrido hoje". O BNDES informou ter recorrido de decisão judicial que suspendeu a realização da assembleia da JBS por 15 dias, no último dia 1° de setembro.
Ao reforçar posição em relação à realização da assembleia, o BNDES detalhou que o evento é importante para deliberação acerca das medidas a serem tomadas pela companhia na defesa dos seus direitos e interesses com relação às responsabilidades por prejuízos causados por administradores, ex-administradores e controladores envolvidos em atos ilícitos por eles já confessados.
"O Banco entende que a assembleia deve acontecer o quanto antes e sem o conflito de interesses que seria caracterizado pelo voto dos controladores, questão que foi levantada pela BNDESPar, em conjunto com a Caixa Econômica Federal, e acolhida pelo Judiciário de 1ª instância em decisão liminar", reiterou, na nota.
"Dessa forma, as decisões poderão ser tomadas na assembleia de acordo com o melhor interesse da companhia, em plena observância do que determina a legislação em vigor", observou o banco, acrescentando ainda ter mantido "integralmente" a sua intenção de voto na assembleia, já divulgada pela internet, em seu site, com todas as posições que serão defendidas pela BNDESPar, em 14 de agosto.
Os irmãos Wesley e Joesley Batista, controladores da JBS, tiveram prisão decretada por decisão da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo na investigação que apura se ambos lucraram no mercado de dólares futuro na véspera da divulgação de que tinham assinado acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
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