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Maia vê última oportunidade de reforma sem cortar aposentadorias

30/11/2017 14h16

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira em São Paulo que o Brasil está diante da "última oportunidade de fazer a reforma da Previdência sem cortar salários e aposentadorias". Com isso, o demista sinaliza que, sem reforma, pode ser necessário mexer em direitos adquiridos de trabalhadores.


"Se não fizermos a reforma, estaremos comprometendo o futuro de milhões de crianças brasileiras", disse.


Segundo Maia, faltam "muitos votos" para atingir os 308 necessários para aprovação da mudança no INSS. Para ele, a fala de líderes de partidos da base, como PSD e PR, confirmam esse cenário. "O governo fará uma reunião no domingo, da qual vou participar, com líderes e ministros e vamos tentar um caminho."


Maia disse que o fato de o governador paulista Geraldo Alckmin ter sido escolhido para presidir o PSDB é um ponto favorável, que une os tucanos. "O governador Alckmin é a favor da reforma."


O presidente da Câmara disse que não é possível estimar quantos votos faltam para atingir o mínimo necessário à aprovação, mas negou que esteja pessimista sobre a decisão acontecer neste ano ou só em 2018.


"Eu estou realista. Eu não posso estimar data porque faltam muitos votos. Mas no Brasil as coisas mudam muito rapidamente, de um dia para o outro."


Maia voltou a afirmar que a reforma não tira direitos dos mais pobres e que, segundo ele, apenas corrige distorções, mas reconheceu: "A comunicação com os líderes foi mal-feita no início e contaminou a votação."


"Essa votação não tem esse caráter diabólico que querem colocar. Ela acaba com distorções, garante o direito dos que ganham menos e se aposentam aos 65 anos e acaba com as distorções dos que ganham R$ 30 mil e se aposentam aos 55 anos".


Alterações na proposta


Maia afirmou não ver sentido em quem quer negociar alterações na proposta da reforma que está em tramitação para, depois, votar contra a medida.


"Se mudar [a proposta da reforma] e não agregar voto, para que mudar então?", disse. "Se quer dialogar para mudar, é porque vai votar [a favor da reforma]."


O deputado usou o exemplo de um pedido em negociação com o relator do tema, Arthur Maia (PPS-BA), de estabelecer uma regra de transição para funcionários públicos que tenham ingressado antes de 2003. "Não posso chegar no relator, pedir transição dos anteriores a 2003 e votar contra."