Luiz Fux determina auditoria em urnas eletrônicas 1h antes de votação
O ministro Luiz Fux, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), informou que a área técnica da Corte vai implementar uma auditoria final nas urnas eletrônicas cerca de uma hora antes do início da votação nas Eleições 2018. A medida é uma espécie de inspeção derradeira nos softwares das urnas para "evitar dúvidas" sobre a segurança do pleito.
A iniciativa foi definida depois que, semana passada, a empresa que venceu a licitação para a implementação do voto impresso falhou nos testes iniciais. O tribunal decidiu, então, dar mais um passo para assegurar a integridade das urnas eletrônicas. "Põe um ponto final (nas dúvidas)", afirmou Fux a jornalistas na manhã desta quinta-feira.
As urnas que passarão pelo que Fux chama de "auditoria em tempo real" serão definidas por amostragem. As regras serão publicadas até o dia 5 de março em resoluções do TSE para o pleito de outubro.
A respeito do voto impresso, Fux disse que vai esperar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre ação impetrada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a medida. "Quero que o Supremo me diga como agir", disse. O relator do processo no STF é o ministro Gilmar Mendes.
O novo presidente do TSE falou, ainda, sobre a lei da Ficha Limpa, que pode impugnar eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) por corrupção e lavagem de dinheiro."Em princípio, quem já está com situação definida de inelegibilidade evidentemente não pode fazer o registro", disse. "Candidato condenado em segunda instância não está sub-judice, ele já está condenado. Aceitar seu registro é negar a eficácia da Ficha Limpa."
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