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Ibovespa sobe e recupera perdas geradas pelo 'crash relâmpago'

15/02/2018 17h53

O Ibovespa sustenta nesta tarde o movimento positivo produzido pelos ganhos no exterior. E ganha impulso adicional dos papéis de varejistas, que atraem os compradores tanto pelos preços mais baixos após o tombo recente e também por causa da visão de que os fundamentos domésticos seguem fortes.


Às 16h47, o Ibovespa subia 1,01%, aos 84.391 pontos, depois de avançar até os 84.686 pontos. É o maior nível desde o dia 1º de fevereiro, quando o índice encerrou a sessão em 85.495 pontos, véspera da divulgação do payroll, dado que detonou a onda de ajustes nas bolsas americanas, apelidada de "crash relâmpago". O giro financeiro é de R$ 6,3 bilhões.


Entre as maiores altas do dia, os destaques ficam por conta da Magazine Luiza (+5,31%), Pão de Açúcar (+3,315) e Lojas Renner (+3,13%), além de "blue chips" fundamentais para o Ibovespa, caso da Vale ON (+2,56%), Petrobras PN (+0,42%), Petrobras ON (+1,23%) e Itaú Unibanco (+0,15%).


Segundo Marco Tulli Siqueira, gestor de operações da Coinvalores, o movimento positivo das bolsas americanas reforça o tom positivo do mercado local. Mas ele destaca que o Brasil vem demonstrando importante força, inclusive quando o movimento não é tão positivo no exterior.


"A nossa bolsa apresenta grande resiliência mesmo em dias de mercado externo mais fraco, como vimos nos últimos dias, em que as quedas lá fora tiveram magnitude maior. Em dias de exterior positivo, portanto, fica mais evidente a chance de recuperação", afirma.


Operadores notam também que as varejistas apresentam boas oportunidades em um mercado que ainda conta com fundamentos importantes. Tais papéis ainda devem continuar se antecipando ao crescimento da atividade e juro e inflação baixos e, por isso, ainda atraem demanda.


Já os estrangeiros, que se reposicionam em bolsa depois do "sell-off" da semana passada, preferem papéis mais líquidos e de maior peso no Ibovespa, o que explica as altas fortes de ativos como Itaú e a própria Vale ? os dois maiores giros do dia, já acima do R$ 1 bilhão cada.