Lula diz que Temer usa intervenção no Rio para buscar a reeleição
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relacionou a intervenção no Rio de Janeiro com a vontade do presidente Michel Temer (MDB) de concorrer à reeleição em outubro.
Em entrevista à rádio Itatiaia, de Belo Horizonte (MG), na manhã desta quarta-feira (21), Lula disse que o emedebista tirou da pauta uma medida impopular, a reforma da Previdência, e colocou no lugar uma com apoio da sociedade, a da segurança pública.
"É preciso que a intervenção não seja feita de forma estabanada, só pensando em política", disse o ex-presidente. "Temer está arranjando um jeito de ser candidato a presidente da República. Acha que tratar de segurança pública vai fazê-lo pegar um nicho do [Jair] Bolsonaro [pré-candidato ao Planalto pelo PSC]."
O petista disse ver viés político na intervenção. "O Exército não é preparado para enfrentar o narcotráfico nem bandido em favela", disse Lula, que comparou a ação federal com o lançamento, anos atrás, da Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). "Depois do espetáculo [da intervenção], o resultado pode ser negativo, como foi nas UPPs", afirmou. "A violência está ligada à capacidade de desenvolvimento do Estado, e o Rio de Janeiro é uma grande vítima da crise."
Lula classificou a situação do Brasil a como "um Pantanal" - em seguida corrigiu-se, "um pântano", e citou dificuldades financeiras enfrentadas pelos governadores nos Estados.
Aproveitou para elogiar Fernando Pimentel (PT), mandatário em Minas. "Está saindo melhor que a encomenda, está muito bem", disse Lula.
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