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Juros futuros sobem em sessão de oscilações intensas

24/04/2018 17h39

Os juros futuros se afastaram das máximas ao longo da tarde desta terça-feira (24). No fim da sessão regular, as taxas dos contratos de DI já giravam perto da estabilidade enquanto os investidores seguem atentos ao comportamento dos yields americanos e do dólar.

Mais cedo, o rendimento do título americano de 10 anos bateu a resistência psicológica de 3%, apontada como um gatilho para realocação de recursos nos mercados globais, caso seja mantido de forma constante. "Pode ser que o aspecto 'técnico' não esteja tão bom e alguns players acabam zerando posições antes que o imaginado", diz o operador de uma corretora paulista.

Isso explicaria o fato de o avanço do yield americano não ser sucedido por uma pressão ainda maior sobre o mercado de DI. Passada a apreensão, profissionais de mercado apontam que houve mais espaço para avaliar que não há tantas condições para um aperto monetário mais duro nos Estados Unidos.

O DI janeiro de 2021 operou, nesta terça, num intervalo consideravelmente amplo de 10 pontos-base, ficando entre a máxima de 8,000% e a mínima de 7,900%.

Para o sócio e gestor na Leme Investimentos, Paulo Petrassi, a piora do ambiente externo ainda deve garantir bastante instabilidade para os ativos de risco, como os juros futuros. Por outro lado, as taxas dos contratos de DI ainda contam com a ancoragem da inflação contida e a recuperação lenta da economia brasileira.

"Dá um certo conforto para segurar a posição e o carrego ainda pode ser positivo", diz. "O risco externo não é o fim do mundo", acrescenta.

Por volta das 16h, no fim da sessão regular, o DI janeiro/2019 marcava 6,230% (6,225% no ajuste anterior), oDI janeiro/2020 apontava 6,940% (6,920% no ajuste anterior), oDI janeiro/2021 subia a 7,940% (7,930% no ajuste anterior), oDI janeiro/2023 apontava 9,200% (9,180% no ajuste anterior) eo DI janeiro/2025 projetava 9,770% (9,740% no ajuste anterior).