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Abrir loja de calçados exige sintonia com mercado e moda

Alexander Klein/AFP
Imagem: Alexander Klein/AFP

Filomena Garcia

Colunista do UOL

05/08/2014 06h00

O segmento de calçados e acessórios faturou mais de R$ 7 bilhões em 2013 no mercado de franquias, representando uma alta de 17,1% em relação a 2012, segundo dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising).

Em seus planos de expansão, as marcas buscam espaço em todas as regiões do país, principalmente nos shoppings.

A maioria das lojas vende calçados de sua própria marca, principalmente quando o produto é sapato. Há também lojas multimarcas, que trabalham com diversos fornecedores de tênis e calçados.

Uma tendência que ganhou força nos últimos anos são indústrias, que antes direcionavam seus produtos apenas para lojas multimarcas, criarem lojas exclusivas e expandirem através de franquias. 

Um exemplo é a fabricante de calçados infantis Bibi, fundada em 1949 e que só em 2007 virou franquia. É uma maneira que estas empresas encontram se relacionar melhor com o cliente, mantendo o contato direto, além de controlar melhor o estoque e o posicionamento da marca.

Antes de abrir uma unidade, o investidor deve se atentar a alguns pontos. Além de saber administrar estoque e manter uma equipe bem treinada, o franqueado também deve fazer um bom marketing e manter a loja sempre com um visual atrativo, a começar pela vitrine. É importante que a equipe esteja treinada para oferecer para o cliente itens complementares, como acessórios, bolsas e cintos.

Quem planeja abrir uma rede de lojas de calçados no país deve prestar bastante atenção à concorrência. Muitas marcas, nacionais e estrangeiras, já estão consolidadas no mercado brasileiro através de lojas próprias ou franquia e portanto já têm o know-how de como trabalhar com os diferentes perfis de clientes em diversas regiões. Existe o risco da rede não se sobressair entre as outras, o que torna o investimento arriscado.

Por isso, um bom planejamento e formatação do negócio envolvendo áreas financeira, tributária, operacional, logistica, produtos, entre outras, serão fundamentais para que esse risco seja minimizado e a marca possa crescer sabendo como e por onde iníciar  o seu processo de expansão.