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Desemprego em alta: há luz no fim do túnel? Saiba o que esperar em 2017

Bobby Fabisak/JC Imagem/Estadão Conteúdo
Imagem: Bobby Fabisak/JC Imagem/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

20/01/2017 16h45

O Brasil fechou 1.321.994 vagas de trabalho com carteira assinada em 2016, no segundo ano seguido com resultado negativo, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho.

Especialistas acreditam que 2017 deve ser um ano melhor para a economia brasileira de um modo geral, mas para os empregos as notícias não são boas, infelizmente.

O desemprego deve atingir o ápice neste ano, segundo economistas ouvidos pelo UOL. A situação deve começar a melhorar no segundo semestre.

Por que essa reação lenta? É uma característica típica do mercado de trabalho. Quando a economia piora, o desemprego demora a aumentar. Porém, quando a economia melhora, o desemprego também demora a cair.

"As empresas usam todos os recursos antes de contratar novamente", diz Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria.

O próprio governo reconhece que o desemprego é a maior preocupação atualmente e que a retomada das contratações pode demorar, já que, mesmo com a esperada recuperação da economia, as empresas levam um tempo antes de começar a repor funcionários.

"(...) nós pensamos que, a partir do segundo semestre ou de meados do segundo semestre, o desemprego já comece a diminuir e o crescimento venha de uma vez", disse o presidente Michel Temer.

OIT: de cada 3 novos desempregados no mundo, 1 será brasileiro

Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgados na semana passada dão a uma ideia da dimensão do problema.

De cada três novos desempregados no mundo todo neste ano, um será do Brasil. Serão 1,2 milhão de desempregados a mais no país só em 2017, estima a OIT --sem contar os que já haviam perdido o emprego antes.

Segundo o órgão, a "recessão mais profunda que o esperado em 2016 vai continuar a ter efeitos em 2017".

Para 2018, a expectativa é de que o desemprego continue subindo no país, mas num ritmo bem mais moderado, com 200 mil pessoas a mais sem uma vaga, para um total de 13,8 milhões de brasileiros.

(Com reportagem de Sophia Camargo e Reuters)