FMI melhora previsão sobre Brasil em 2016, mas alerta sobre Venezuela
Washington, 20 Jul 2016 (AFP) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou nesta quarta-feira em meio ponto percentual sua previsão sobre o desempenho econômico do Brasil neste ano e no próximo, mas indicou que a Venezuela fechará 2016 com seu PIB em que queda livre de -10% e "o pior desempenho" de crescimento e inflação no mundo.
De acordo com o FMI, o Brasil fechará 2016 com o PIB em contração de -3,3%, previsão meio ponto melhor do que a de -3,8% anunciada pela mesma entidade em abril.
O economista-chefe do Fundo para América Latina, Alejandro Werner, disse nesta quarta-feira que o desempenho da economia brasileira no primeiro semestre retrocedeu menos do que o previsto, e com isso se prevê que a contração anual seja menos drástica do que a estimada anteriormente.
Segundo Werner, essa tendência se apoiou no bom resultado do setor exportador.
Para 2017, o Fundo adotou uma previsão de crescimento de 0,5%, também superior em meio ponto a expectativa de aumento nulo do PIB que havia expressado em abril.
Para os técnicos do FMI, a tendência de queda no desempenho da economia brasileira deverá desacelerar em 2016 para iniciar uma recuperação já a partir de 2017.
"Está previsto que a desaceleração econômica se assente neste ano, e em 2017 a atividade econômica deverá registrar crescimento positivo, mas o elevado nível de desemprego prejudicará a demanda interna", disse o Fundo em comunicado.
Venezuela, "o pior desempenho"No outro extremo, o FMI reduziu em nada menos que dois pontos percentuais sua previsão para o desempenho da economia da Venezuela neste ano, passando de uma expectativa de retração de 8% em abril a uma de 10% divulgada nesta quarta-feira.
Além disso, o FMI estima que a economia da Venezuela deverá terminar o ano em curso com uma inflação superior a 700%. "Ou seja, o pior desempenho em matéria de crescimento e de inflação a nível mundial", disse Werner nesta quarta-feira.
As condições da economia da Venezuela "continuam deteriorando-se, com distorções das políticas e desequilíbrios fiscais que continuam sem se resolver", embora o déficit na geração de energia, que identificou a crise, tenha tido um peso significativo, explicou o FMI.
Para 2017, o FMI não formulou novas previsões.
"Em uma situação tão crítica como a atravessada pela Venezuela, em que vemos a maior contração econômica no mundo e que representa uma retração acumulada dos últimos três anos, a incerteza para fazer prognósticos é muito elevada", disse Werner.
No caso da Argentina, o FMI reduziu em meio ponto percentual sua previsão sobre o desempenho da economia, para apontar uma expectativa de retração de -1,5%, contra uma estimativa de -1% indicada em abril.
"O ajuste dos preços relativos no primeiro semestre de 2016 (...) acelerou a inflação e prejudicou o consumo privado", indicou a entidade.
O Fundo confirmou sua expectativa de que uma orientação "mais acomodatícia das políticas monetária e fiscal promova o crescimento em 2017, mas que complique o cumprimento das metas fiscais e da inflação anunciadas neste ano".
Resultados dísparesEnquanto isso, o FMI melhorou marginalmente, em 0,2 ponto percentual sua previsão de crescimento do Chile em 2016, a 1,7%, ao ressaltar que o "início do ano foi mais forte do que o previsto.
O Fundo acrescentou, no entanto, que "as perspectivas do investimento continuam sendo fracas", por conta da redução nos preços do cobre, a fraca demanda interna e o atraso no cumprimento do anunciado programa de reformas.
Esse conjunto de fatores está "atrasando o investimento nos setores distintos da mineração", afirmou a entidade.
As previsões para a Colômbia (2,5% neste ano e 3% em 2017) se mantiveram sem mudanças em relação às expectativas divulgadas em abril, assim como as do Peru (3,7% neste ano e 4,1% no ano que vem).
Em relação ao México, a segunda maior economia latino-americana, o FMI elevou marginalmente, em 0,1 ponto percentual, sua expectativa de crescimento este ano, a 2,5%, e deixou intacta sua previsão de 2,6% para 2017.
Werner destacou os esforços do governo mexicano para dotar a a estatal de hidrocarbonetos Pemex de uma estratégia adaptada "à nova realidade de menores preços do petróleo".
O FMI afirmou que em geral a região da América Latina e do Caribe deverá encerram o ano de 2016 com um retrocesso de -0,4% (contra -0,5% em abril), para recuperar-se a 1,6% em 2017 (1,5 previsto em abril).
De acordo com o FMI, o Brasil fechará 2016 com o PIB em contração de -3,3%, previsão meio ponto melhor do que a de -3,8% anunciada pela mesma entidade em abril.
O economista-chefe do Fundo para América Latina, Alejandro Werner, disse nesta quarta-feira que o desempenho da economia brasileira no primeiro semestre retrocedeu menos do que o previsto, e com isso se prevê que a contração anual seja menos drástica do que a estimada anteriormente.
Segundo Werner, essa tendência se apoiou no bom resultado do setor exportador.
Para 2017, o Fundo adotou uma previsão de crescimento de 0,5%, também superior em meio ponto a expectativa de aumento nulo do PIB que havia expressado em abril.
Para os técnicos do FMI, a tendência de queda no desempenho da economia brasileira deverá desacelerar em 2016 para iniciar uma recuperação já a partir de 2017.
"Está previsto que a desaceleração econômica se assente neste ano, e em 2017 a atividade econômica deverá registrar crescimento positivo, mas o elevado nível de desemprego prejudicará a demanda interna", disse o Fundo em comunicado.
Venezuela, "o pior desempenho"No outro extremo, o FMI reduziu em nada menos que dois pontos percentuais sua previsão para o desempenho da economia da Venezuela neste ano, passando de uma expectativa de retração de 8% em abril a uma de 10% divulgada nesta quarta-feira.
Além disso, o FMI estima que a economia da Venezuela deverá terminar o ano em curso com uma inflação superior a 700%. "Ou seja, o pior desempenho em matéria de crescimento e de inflação a nível mundial", disse Werner nesta quarta-feira.
As condições da economia da Venezuela "continuam deteriorando-se, com distorções das políticas e desequilíbrios fiscais que continuam sem se resolver", embora o déficit na geração de energia, que identificou a crise, tenha tido um peso significativo, explicou o FMI.
Para 2017, o FMI não formulou novas previsões.
"Em uma situação tão crítica como a atravessada pela Venezuela, em que vemos a maior contração econômica no mundo e que representa uma retração acumulada dos últimos três anos, a incerteza para fazer prognósticos é muito elevada", disse Werner.
No caso da Argentina, o FMI reduziu em meio ponto percentual sua previsão sobre o desempenho da economia, para apontar uma expectativa de retração de -1,5%, contra uma estimativa de -1% indicada em abril.
"O ajuste dos preços relativos no primeiro semestre de 2016 (...) acelerou a inflação e prejudicou o consumo privado", indicou a entidade.
O Fundo confirmou sua expectativa de que uma orientação "mais acomodatícia das políticas monetária e fiscal promova o crescimento em 2017, mas que complique o cumprimento das metas fiscais e da inflação anunciadas neste ano".
Resultados dísparesEnquanto isso, o FMI melhorou marginalmente, em 0,2 ponto percentual sua previsão de crescimento do Chile em 2016, a 1,7%, ao ressaltar que o "início do ano foi mais forte do que o previsto.
O Fundo acrescentou, no entanto, que "as perspectivas do investimento continuam sendo fracas", por conta da redução nos preços do cobre, a fraca demanda interna e o atraso no cumprimento do anunciado programa de reformas.
Esse conjunto de fatores está "atrasando o investimento nos setores distintos da mineração", afirmou a entidade.
As previsões para a Colômbia (2,5% neste ano e 3% em 2017) se mantiveram sem mudanças em relação às expectativas divulgadas em abril, assim como as do Peru (3,7% neste ano e 4,1% no ano que vem).
Em relação ao México, a segunda maior economia latino-americana, o FMI elevou marginalmente, em 0,1 ponto percentual, sua expectativa de crescimento este ano, a 2,5%, e deixou intacta sua previsão de 2,6% para 2017.
Werner destacou os esforços do governo mexicano para dotar a a estatal de hidrocarbonetos Pemex de uma estratégia adaptada "à nova realidade de menores preços do petróleo".
O FMI afirmou que em geral a região da América Latina e do Caribe deverá encerram o ano de 2016 com um retrocesso de -0,4% (contra -0,5% em abril), para recuperar-se a 1,6% em 2017 (1,5 previsto em abril).
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