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"Faremos todo o possível para manter a zona do euro unida", diz Dijsselbloem

07/07/2015 09h06

Bruxelas, 7 jul (EFE).- O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou nesta terça-feira que o Eurogrupo está preparado para fazer tudo o que for necessário para manter a Grécia na zona do euro, mas alertou que também é necessário que qualquer acordo com Atenas se assente sobre bases "críveis".

"Durante as últimas semanas e meses, o Eurogrupo foi muito cortês em sua postura e esta significa que estamos preparados para fazer o que for necessário para reforçar a zona do euro e mantê-la unida", assegurou Dijsselbloem em sua chegada ao Eurogrupo extraordinário realizado hoje em Bruxelas.

Dijsselbloem também defendeu que "não pode ter um resultado neste processo que danifique nossa credibilidade", o que, assegurou, são as "as bases dos critérios para qualquer pacote" que seja acordado "com os gregos".

"Tem que ser crível, tanto para o futuro da zona do euro como para a credibilidade da zona do euro em seu conjunto. É nisso que vamos trabalhar hoje e, esperamos, conseguir uma solução", acrescentou.

Dijsselbloem, que se reunirá com o novo ministro heleno de Finanças, Euclidis Tsakalotos, indicou que por enquanto não viu nenhuma nova proposta grega, e disse que espera que o governo de Alexis Tsipras apresente hoje a seus parceiros.

Tsakalotos reúne-se pela primeira vez com seus colegas da zona do euro, após substituir nesta segunda-feira Yanis Varoufakis, depois de sua surpreendente renúncia, em um gesto que relacionou com o desejo de Atenas de facilitar um acordo com seus parceiros.

"Acho que hoje, dada a situação, após o voto do 'não' na Grécia, temos que escutar primeiro o governo grego, como veem uma saída, de que modo acredita que pode chegar a um acordo", disse Dijsselbloem.

"Por isso vou escutar meu colega grego primero. Vou me reunir com ele antes do encontro, escutar suas propostas, sua colocação sobre a saída e vamos fazer passo a passo", acrescentou.

Perguntado se considera que a confiança foi reforçada após a saída de Varoufakis, Dijsselbloem disse que seu pensamento não está centrado nas pessoas, mas onde estão politicamente falando depois da vitória do "não" no referendo.