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Empresas nos EUA divulgarão diferença salarial entre executivos e empregados

05/08/2015 20h18

Washington, 5 ago (EFE).- A Comissão da Bolsa de Valores (SEC) dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira uma nova norma que exigirá que as empresas revelem a remuneração de seus diretores executivos em comparação com a dos empregados, como parte da lei de reforma financeira de 2010, conhecida como Dodd-Frank.

A decisão foi tomada por três votos a favor (os três comissários democratas) e dois contra, de dois representantes republicanos do organismo.

A presidente da SEC, Mary Jo White, que votou a favor, ressaltou que "a medida é ao mesmo tempo flexível e fiel aos termos e objetivos da lei", lançada depois da crise de 2008 e que buscava aumentar a regulação do sistema financeiro.

A norma obriga as grandes empresas a divulgarem a comparação entre o salário de seus executivos principais e o salário médio de seus empregados.

Uma das comissárias democratas da SEC, Kara Stein, afirmou que com este número se oferecerá "uma valiosa informação aos investidores e outros atores do mercado" sobre os detalhes de "como a companhia administra seu capital humano".

Com opinião divergente, Daniel M. Gallagher, um dos membros republicanos da SEC, que votou contra, afirmou que "a medida pode ser uma das mais inúteis da lei Dodd-Frank".

A publicação desses dados tem como previsão ser implementada no ano fiscal de 2017.

A crescente desigualdade de renda se tornou um grande assunto de debate político nos EUA entre republicanos e democratas.

Há 50 anos, os principais executivos recebiam um salário cerca de 20 vezes maior que a média dos empregados, enquanto em 2013 esta diferença disparou para 300 vezes mais, de acordo com uma recente análise do centro Economic Policy Institute.

Segundo Gallagher, "encarar a desigualdade de renda não está dentro das responsabilidades da SEC".